Logo Em Tempo
  • Últimas Notícias
  • Amazonas
  • Política
  • Polícia
  • Esporte
  • Economia
  • Cultura
  • Famosos
  • País e Mundo
  • Opinião
  • Últimas Notícias
  • Articulistas
  • Versão digital - Em Tempo
  • Versão digital - Agora
  • Expediente
  • Anuncie

Início » Opinião » A camisa vermelha da Seleção éum esquema tático com Trump?

artigo

A camisa vermelha da Seleção éum esquema tático com Trump?

Justificativa da CBF é poética, lírica e quase convincente: o vermelho é a cor do pau-brasil
Por Juscelino Taketomi
Publicado em 04 de maio de 2025
Foto: Reprodução

Como um torcedor cheio de indignação tropicalista e humor à for da pele, aguardo a confirmação de que a nossa “Pátria de Chuteiras” vai virar mesmo Pátria de Esparadrapo Ideológico.

Pois a famigerada Nike e a endiabrada CBF – esse casamento sólido entre o marketing e o charmoso jeitinho brasileiro – resolveram inovar. E quando o brasileiro resolve “inovar”, já sabe: é porque algo deu ruim.

A nova camisa da Seleção Brasileira para a Copa de 2026 será vermelha. Da cor do pau-brasil, dizem uns. Da cor do PT, berram outros, rasgando a camisa (a amarela, claro).

E há ainda os analistas geopolíticos de WhatsApp que garantem: é tudo parte de um plano maquiavélico para agradar Donald Trump, já que o vermelho também é a cor do Partido Republicano. Um alinhamento cromático internacional. Delícia de diplomacia !

Os bolsonaristas entraram em estado de pré-apoplexia. Um deles, do alto do seu QI de cacto ornamental, exclamou: “Agora é oficial: a camisa virou bandeira de comunista, que merda !”.

Outro parlamentar direitista já está tentando abrir uma CPI na Câmara dos Deputados para investigar “quem pintou a CBF de vermelho”. Flávio Bolsonaro garantiu que “nossa bandeira jamais será vermelha”, mas não disse nada sobre camisetas, cuecas ou a caixa de lápis de cor do filho 04.

E o melhor: o deputado Cleitinho Azevedo, numa performance digna de novela mexicana, gravou vídeo denunciando o golpe têxtil. Nikolas Ferreira, com aquele humor que faz o Tiririca parecer Shakespeare, perguntou se o juiz agora também vestiria vermelho, talvez esperando que, com a camisa certa, ele finalmente entenda o que é uma infração.

Bandeira de sindicato

A justificativa da CBF é poética, lírica e quase convincente: o vermelho é a cor do pau-brasil. Bonito. Mas convenhamos, se precisamos de uma palestra do historiador Leandro Karnal para entender o motivo da cor da camisa, talvez a ideia não tenha sido tão brilhante assim.

Aliás, onde estavam os gênios do design que decidiram ignorar o azul de 1958, imortalizado por Pelé, e ir direto para o vermelho bandeira de sindicato? Tudo isso num país onde o simples ato de usar vermelho na rua pode render olhares atravessados, xingamentos e, dependendo do bairro, até pedido de impeachment.

E tem mais: Papai Noel, chateado com a apropriação simbólica da sua marca registrada, já avisou que estuda trocar o vermelho pelo verde-amarelo bolsonarista no Natal de 2025. “Cansei de ser confundido com petista”, teria dito, segundo fontes da Lapônia. Os duendes, divididos, ameaçam greve.

Enquanto isso, a Seleção, cinco vezes campeã do mundo, vai tropeçando em campo e fora dele. Mas não se preocupem os brasileiros: se o desempenho não for legal na Copa de 2026, pelo menos dessa vez teremos um novo bode expiatório: a camisa. E o vermelho cairá bem. Afinal, vai combinar com a cara dos torcedores depois da eliminação, todos vermelhos de ódio.

No fim das contas, o Brasil é mesmo um país onde até a cor da camisa da Seleção vira assunto de segurança nacional, objeto de manifestação parlamentar e tema de guerra cultural. E ainda dizem que a gente não leva futebol a sério…

E pensar que, em 2014, Dilma Rousseff, num surto de otimismo pré-catástrofe, declarou seu governo “Padrão Felipão”. Resultado? 7 a 1 para a Alemanha. O Mineirão virou um thriller nórdico, e o Brasil descobriu, da pior forma possível, que nem toda herança do Felipão é digna de orgulho.

Pois agora, a CBF parece querer repetir a dose: “Padrão Nike”. E o resultado? Bom, o resultado o tempo dirá. Mas, relaxem. Pelo menos a camisa vermelha servirá para homenagear o simpático time do América do Rio.

É isso aí, CBF e Nike: “Just do it” (“Apenas Faça”), ou melhor… “Just don’t” (“Não faça isso”).

Juscelino Taketomi¹.

¹Articulista do Portal Em Tempo, Juscelino Taketomi, é Jornalista. Há 28 anos é servidor da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam)

Leia mais:

Greve dos auditores trava a Zona Franca de Manaus

Compartilhe:

Tags: artigo, camisa vermelha, Juscelino Taketomi, seleção brasileira

Posts Relacionados
Opinião Quer comer sem culpa? Conheça a mágica dos inibidores de absorção
Opinião Encontro Trump e Putin: um chá das cinco de duas velhas e boas comadres
Opinião Chamados-Vocados
Mais Lidas
Violência IMAGENS FORTES! 'Diaba Loira' é morta em tiroteio no RJ; corpo encontrado na rua
1 ano de saudade Cultura brasileira está há um ano sem a voz e o talento de Zezinho Corrêa
Investigação Morte da cantora Paulinha Abelha pode gerar condenações
Vancouver Atropelamento em festival no Canadá deixa ao menos nove mortos
Tensão Tiros perto de ajuda humanitária em Gaza deixam 6 mortos e mais de 160 feridos
FISCALIZAÇÃO Manaus registra alta de 34% em obstrução de calçadas em 8 meses de 2022
...

O Portal EM TEMPO é a plataforma de notícias digitais da Rede EM TEMPO de Comunicação, com o compromisso de entregar informação precisa, relevante e independente para os leitores do Amazonas e da Amazônia Legal.

  • Últimas
  • Opinião
  • Amazonas
  • Polícia
  • Política
  • Economia
  • País e Mundo
  • Cultura
  • Famosos
  • Esporte
  • Geral
  • Jornal
Contato
  • emtempofb@gmail.com
  • (92) 98408-6907
  • (92) 98859-0110
  • Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – Bairro São Jorge
    CEP 69033-070 – Manaus, Amazonas

© 2025 Em Tempo – Todos os direitos reservados Desenvolvimento:
Ajustes de Acessibilidade

Desenvolvido por OneTap

Por quanto tempo você deseja ocultar a barra de acessibilidade?
Hide Toolbar Duration
cores
navegação
  • Declaração de Acessibilidade
Versão 2.4.0