Uma operação conjunta entre o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e as polícias do Rio e do Ceará desmantelou uma base de operações do Comando Vermelho do Ceará na comunidade da Rocinha, zona sul do Rio. A ação revelou uma mansão de luxo equipada com piscinas, área gourmet e arsenal, usada para comandar execuções à distância.
Operação conjunta e apreensões
A operação contou com cerca de 80 agentes das tropas especializadas do Rio, incluindo o BOPE, o Batalhão de Choque e o Primeiro Comando de Policiamento de Área, além de policiais cearenses. Drones e helicópteros monitoraram as equipes, cujas imagens eram transmitidas para o Quartel-General da PM, no Centro. O governador Cláudio Castro acompanhou a ação com outras autoridades.
Durante a ação, os policiais identificaram sinais de que uma festa havia ocorrido na noite anterior na mansão: carnes e bebidas ainda estavam na área gourmet da casa. O imóvel seria de Anastácio Paiva Pereira, conhecido como Doze ou Paizão, apontado como um dos chefes da facção criminosa cearense responsável por comandar o tráfico em Santa Quitéria, no interior do estado. Contra ele, há cinco mandados de prisão em aberto por crimes como homicídio, tráfico de drogas e organização criminosa.
Alojamento e conexões com o Comando Vermelho
Além da mansão, foi descoberto um prédio que servia de alojamento para os criminosos cearenses, uma espécie de hospedagem mantida com apoio do Comando Vermelho carioca. Segundo o procurador-geral de Justiça do Rio, Antonio José Campos Moreira, “os criminosos do Comando Vermelho do Rio alugam moradias para os bandidos do Ceará e oferecem proteção, como se fosse um pacote de viagens”.O GLOBO
Implicações e investigações
As investigações ficaram a cargo do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Ceará, em parceria com o Gaeco do Rio. Campos Moreira destacou que “mais de mil homicídios foram ordenados a partir do Rio por criminosos do Ceará escondidos na Rocinha, nos últimos dois anos”. Ele enfatizou que “sem a parceria entre as instituições, não é possível combater com eficácia as organizações criminosas”.
De acordo com as investigações, as ordens para os ataques a provedores de internet no Ceará também partiram do núcleo de criminosos instalado na Rocinha.
*Com informações do Extra
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