A nação encarnada celebrou, na quinta-feira (12), a véspera de Santo Antônio no Quilombo da Baixa da Xanda, em Parintins. A festividade começou às 18h no Curral da Baixa, berço do Boi Garantido, com uma tradicional ladainha conduzida por Maria Monteverde, filha de Lindolfo Monteverde.
Tradição viva passada de geração em geração
A ladainha dedicada a Santo Antônio é uma herança do mestre Lindolfo, fundador do Boi Garantido. O ritual é mantido por mulheres que preservam a essência e os valores culturais do boi vermelho e branco.
“O nosso dia é de fé, alegria e brincadeira. O Boi Garantido representa nossa cultura, nossa história e nossa paixão. É uma tradição que passa de geração em geração”, afirmou Dona Maria.
Após o momento de oração, o cortejo percorreu as ruas do bairro até a Catedral de Nossa Senhora do Carmo, com o boi dançando em torno de fogueiras e distribuindo rosas aos casais apaixonados. A cena foi marcada por emoção, fé e celebração popular.
Festa une amor, fé e cultura garantida
Fred Goes, presidente do Boi Garantido, destacou o valor simbólico da data e o papel da celebração na preservação da identidade cultural.
“Hoje é um dia de celebrar o amor, a fé e a nossa história. O Boi Garantido é mais que um símbolo, é uma família que se reúne para homenagear nossas raízes e nossas tradições. Que essa homenagem aos namorados e a Santo Antônio fortaleça ainda mais o nosso orgulho de sermos garantidos”, declarou Fred.
Ladainha é símbolo de fé e resistência
Segundo Maria Monteverde, manter viva essa tradição é uma missão que fortalece a fé do povo da Baixa do São José e reforça os laços com o Boi Garantido.
“A ladainha serve para manter viva a fé e a alegria do povo garantido, além de colocar o boi na rua para brincar e festejar”, completou.
(*) Com informações da assessoria
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