O acidente aéreo que matou a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas completa seis meses, nesta quinta-feira (5). A investigação policial sobre o caso segue suspensa.
O inquérito, presidido pela Polícia Civil de Minas Gerais, foi pausado após as Justiças Estadual e Federal entrarem em conflito sobre qual dos dois órgãos seria o responsável pelo caso. A suspensão foi necessária, uma vez que a apuração deveria ser enviada à Polícia Federal, caso a Justiça Federal assumisse o processo.
No início desta semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu que aJustiça Estadual em Minas deve cuidar da ação. Apesar da decisão, a investigação da Polícia Civil ainda não foi retomada.
Segundo a corporação, a unidade aguarda o retorno do tribunal. “Tão logo a PCMG receba os autos do Poder Judiciário, dará continuidade às investigações”, informou.
O inquérito tem como objetivo identificar eventual responsabilidade pela tragédia. A primeira etapa do procedimento, concluída 20 dias após o acidente, revelou que as vítimas morreram por politraumatismo contuso, que são lesões graves em partes vitais do corpo. A perícia mostrou que os ferimentos foram causados pelo choque da aeronave contra o solo.
Causa do acidente
A causa do acidente ainda não foi esclarecida. A investigação responsável por responder essa questão ficou a cargo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira. De acordo com a instituição, o trabalho segue em andamento.
Elizeu Alcântara, diretor da empresa de manutenção de aeronaves que auxiliou o Cenipa na perícia do motor no ano passado, explica que é comum ver investigações de acidentes aéreos durarem longos meses.
“Algumas duram anos. Na minha avaliação, esta deve durar pelo menos um ano. Esse tempo é necessário porque não é uma análise simples. É uma apuração aprofundada. Eles precisam apontar se foi falha humana ou mecânica. Para isto, até as condições do piloto no momento do voo precisam ser analisadas”, detalha.
Como o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana também morreram na queda, os investigadores precisam buscar outros meios para colher as informações referentes a eles, como entrevistas com pessoas que tiveram contato com os profissionais.
A perícia da Polícia Civil também já concluiu que a tripulação não passou mal nem havia ingerido bebidas alcoólicas ou consumido tóxicos.
*R7
Edição Web: Bruna Oliveira
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