A floresta amazônica se tornou palco de um espetáculo visual inédito durante a segunda edição do “Projeta Amazônia: Arte, Tecnologia e Preservação da Floresta”, realizada no último fim de semana, às margens do Rio Negro, em Manaus. Com o uso de vídeo mapping, obras de arte urbana foram projetadas nas copas das árvores, unindo natureza, tecnologia e educação ambiental.
Idealizado pelos artistas Chico 1304 e Alessandro Hipz, o projeto nasceu em 2022 como uma resposta artística às queimadas na Amazônia. O objetivo é transformar a indignação em engajamento por meio da arte, despertando consciência sobre a preservação ambiental.
Arte urbana com propósito
A segunda edição reuniu seis artistas reconhecidos da cena local: Adonay Garcia, Wɨra Tini, Thaisis, Mia Montreal, além dos próprios idealizadores. Cada obra projetada trouxe poéticas singulares, com o foco comum de valorizar a Amazônia e reforçar a urgência de sua proteção.

“A arte como ferramenta pedagógica é essencial para disseminar informação e provocar consciência ambiental, seja nas escolas ou nas redes sociais”, afirma Hipz, que também assina a curadoria do projeto.
Tecnologia sobre as águas
As projeções foram realizadas a partir de um barco equipado com os sistemas de vídeo mapping e audiovisual. O cenário natural se transformou em uma galeria flutuante, onde as imagens ganhavam vida sobre as árvores.
Mais que um espetáculo, o Projeta Amazônia é um convite à ação coletiva. A proposta é provocar mudanças simples, como o descarte correto do lixo e o respeito à floresta, valorizando cada gesto consciente.

Legado e próximos passos
Na primeira edição, as obras foram leiloadas e o valor revertido à cozinha comunitária Boca da Mata, no Parque das Tribos. Neste ano, as obras ganham ainda mais visibilidade com exposição no Museu da Amazônia (MUSA), a partir do dia 16 de agosto.
Um mini documentário com os bastidores e as projeções será lançado em breve no Instagram oficial do projeto @projetaamazonia, com acessibilidade em Libras.
“Queremos levar essa experiência para outros territórios e continuar promovendo o despertar da consciência ambiental em espaços urbanos e florestais”, destaca Hipz.
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