Manaus (AM) – Em apenas dez meses de atuação, o Programa RecuperaFone contribuiu para a redução de 21% nos crimes de roubo de celular em todo o Amazonas, alcançando o mesmo índice de queda em Manaus. Além da redução nos registros, as ações das Polícias Civil (PC-AM) e Militar (PMAM) resultaram na recuperação de mais de 6,3 mil aparelhos, dos quais cerca de 2 mil foram devolvidos aos seus donos.
Criado pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) em setembro de 2023, o RecuperaFone atua por meio do Núcleo de Investigação e Recuperação de Celulares (NIRC), que já realizou 28 operações e prendeu 71 suspeitos envolvidos em crimes relacionados ao roubo, furto e receptação de celulares.
Segundo o secretário da SSP-AM, Vinícius Almeida, o impacto do programa é resultado da união entre o policiamento ostensivo da PMAM e o trabalho investigativo da PC-AM.
“Iniciamos com uma redução de pouco mais de 12%. Em novembro, tivemos uma queda de 50% nos registros e agora chegamos a 21% de redução em dez meses. E ainda não estamos satisfeitos”, destacou o secretário.
Recuperação e devolução de aparelhos
Durante esse período, 79 lojas de venda e assistência técnica foram vistoriadas, reforçando a fiscalização do comércio irregular de celulares. As devoluções dos aparelhos foram possíveis por meio de quatro editais públicos da SSP-AM, com o apoio da população que registra o Boletim de Ocorrência (BO), seja presencialmente ou pela Delegacia Virtual.
Tecnologia a favor da segurança
A tecnologia usada no RecuperaFone também tem reforçado operações no interior, especialmente na Operação Impacto, com ações em Manaus, Região Metropolitana e municípios do interior. O sistema permite notificações em massa via aplicativo de mensagens, agilizando o contato com vítimas e aumentando a eficiência das devoluções.
O delegado Bruno Hitotuzi, diretor do NIRC, ressaltou que o foco é não apenas prender quem comete os crimes, mas também combater a receptação de aparelhos.
“Já estamos chegando a sete mil celulares recuperados. Estamos prendendo ladrões, receptadores e também orientando comerciantes para que não vendam ou comprem celulares sem nota fiscal ou procedência comprovada”, afirmou.
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