Os filhos de Bolsonaro, Flávio e Eduardo, se manifestaram nesta segunda-feira (4) criticando duramente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista à CNN Brasil, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o Brasil vive “oficialmente uma ditadura” e classificou a medida como um ato autoritário, em que “uma única pessoa, sozinha, determina a prisão de um ex-presidente”.

Flávio também sugeriu que a decisão tem caráter pessoal, acusando Moraes de ter atuado de forma parcial durante as eleições de 2022 e de promover uma retaliação contra Bolsonaro. “Essa foi uma missão que ele assumiu e está cumprindo. É uma satisfação pessoal para ele ver Bolsonaro em prisão domiciliar”, afirmou.

Além disso, Flávio afirmou que o ministro ficou incomodado com a grande adesão popular ao ato de apoio ao ex-presidente, realizado no domingo (3).

Nas redes sociais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou mensagem em inglês no X (antigo Twitter), classificando a prisão do pai como “um abuso de poder para silenciar o líder da oposição brasileira”. Segundo ele, Bolsonaro foi punido apenas por apoiar as manifestações populares do último domingo.

“Meu pai foi preso por demonstrar apoio ao povo que saiu às ruas contra os abusos do STF. Não houve crime, nem provas, nem julgamento. Isso não é democracia”, declarou Eduardo.

Contudo, a informação de que Bolsonaro foi preso apenas por aparecer em fotos ou vídeos nas redes sociais dos filhos não corresponde ao conteúdo da decisão judicial. O documento do ministro Moraes menciona um vídeo gravado por Bolsonaro e divulgado por Flávio, no qual o ex-presidente se dirige aos manifestantes, violando as medidas cautelares que proibiam o uso direto ou indireto das redes sociais.

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