José Roberto Fernandes Barbosa, conhecido como “Zé Roberto da Compensa”, ex-líder da facção criminosa Família do Norte (FDN), pediu à Justiça a progressão para o regime semiaberto. Ele foi condenado em junho de 2017 a 48 anos e cinco meses de prisão por organização criminosa e financiamento ao tráfico de drogas, após as investigações da Operação La Muralla, que desmantelou o esquema de tráfico internacional da facção no Amazonas.
Atualmente, Zé Roberto cumpre pena em regime fechado no Presídio Federal de Campo Grande (MS). Para avaliar o pedido de progressão, a Justiça determinou a realização de exame criminológico e a apresentação de certidão de boa conduta carcerária. Após esses procedimentos, o Ministério Público Federal e a defesa poderão se manifestar antes da decisão final.
Com a prisão de Zé Roberto, ele perdeu a hegemonia sobre o grupo, que acabou sendo extinto no estado devido à atuação de facções rivais. Outros dois líderes da facção também foram condenados a penas superiores a 39 anos e permanecem presos em regime disciplinar diferenciado, para evitar a retomada das atividades criminosas.
As investigações revelaram que a FDN possuía estatuto e código de ética próprios, chamados “Doutrinas da Família”, que impunham punições rígidas a quem descumprisse as regras. A organização também mantinha um sistema interno de cadastro para controlar seus integrantes e as finanças da “caixinha”, fundo mensal estimado entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão, usado para financiar o tráfico e sustentar familiares dos presos.
Além do tráfico, o grupo respondia por diversos crimes graves, como homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro, o que justificou o regime rigoroso imposto pela Justiça.
Há quanto tempo ‘Zé Roberto da Compensa’ está preso?
José Roberto Fernandes Barbosa, conhecido como “Zé Roberto da Compensa”, encontra-se preso desde aproximadamente 2012, quando foi transferido para o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, por envolvimento com organização criminosa e tráfico internacional de drogas.
Ele foi condenado em junho de 2017 a 48 anos e cinco meses de prisão, em ação penal movida pelo Ministério Público Federal por crimes de organização criminosa e financiamento ao tráfico.
Portanto, até agosto de 2025, ele cumpre pena em regime fechado há cerca de 13 anos, desde sua permanência no Compaj a partir de 2012.
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