A influenciadora Bia Miranda e outros nomes conhecidos das redes sociais são alvos da Operação Desfortuna, deflagrada nesta quinta-feira (7) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A ação investiga um esquema de promoção ilegal de jogos de azar online, com indícios de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
A operação ocorre simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, e mira influenciadores que, segundo as investigações, divulgaram o chamado Jogo do Tigrinho em suas redes sociais.
Relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontaram movimentações bancárias suspeitas que ultrapassam R$ 4 bilhões.
Influenciadores prometiam lucros fáceis, diz polícia
De acordo com a Polícia Civil, os investigados usavam suas plataformas para atrair seguidores com promessas falsas de lucro rápido, direcionando-os para plataformas ilegais de jogos. A atuação do grupo ia além da simples divulgação: os influenciadores fariam parte de uma estrutura criminosa organizada, com papéis definidos entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada.
Enriquecimento suspeito e ligação com o crime organizado
Durante o inquérito, a polícia identificou sinais de enriquecimento incompatível com a renda declarada. Nas redes sociais, os influenciadores ostentavam viagens internacionais, carros de luxo e imóveis caros.
A investigação também apurou que o grupo utilizava uma rede empresarial para ocultar a origem ilícita dos recursos, o que configura lavagem de dinheiro. Além disso, foram identificadas conexões entre alguns influenciadores e pessoas com antecedentes no crime organizado, o que agrava a complexidade do caso.
Detalhes da operação
A Operação Desfortuna é conduzida pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), com apoio do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA) e do Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD).
Até o momento, não há confirmação de prisões. A coluna Na Mira tenta contato com a defesa dos envolvidos. O espaço segue aberto para manifestações.
(*) Com informações do Metrópoles
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