O Corpo de Dança do Amazonas (CDA) apresenta nesta quinta-feira (14), às 19h, o espetáculo “Urutau”, no Teatro da Instalação, no centro de Manaus. Com entrada gratuita, a obra une dança contemporânea, audiovisual e sensorialidade para refletir sobre temas como invisibilidade, resistência e ancestralidade.

Com direção coreográfica de Andressa Miyazato e direção artística de Márcio Nascimento, a montagem propõe uma experiência imersiva inspirada na simbologia do Urutau, pássaro amazônico conhecido como “ave-fantasma”.

Um espetáculo inspirado na natureza e na ancestralidade

“Urutau” mergulha na simbologia da ave camuflada na floresta para abordar, de forma poética, a conexão entre corpo e meio ambiente. A proposta de Miyazato é traçar um paralelo entre as estratégias de sobrevivência do Urutau e os processos de resistência dos corpos amazônidas.

Com um ritmo desacelerado e movimentos que se espalham como ondas, a coreografia aposta na coletividade como forma de cura, memória e reexistência. A ancestralidade aparece como força viva, atravessando os corpos em cena e potencializando o presente.

FOTOS: Divulgação/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa

Dança, audiovisual e imersão sensorial

O espetáculo se destaca pela integração entre dança contemporânea e recursos audiovisuais. Projeções visuais e uma trilha sonora imersiva transformam o espaço em uma instalação viva, onde os bailarinos dilatam os limites do palco e o público é convidado a fazer parte da cena.

A narrativa não segue uma estrutura linear. Em vez disso, constrói-se por meio de fluxos de movimento, pausas e silêncios, que convidam à contemplação e à escuta sensível. A obra sugere um “tempo outro”, mais introspectivo, alinhado ao próprio ritmo da floresta e da vida.

Corpo de Dança do Amazonas: identidade e criação

O CDA é um dos grupos de dança contemporânea mais importantes da Região Norte, reconhecido por produções autorais que exploram temas identitários, ambientais e sociais. O grupo integra os corpos artísticos do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.

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