Brasília (DF) – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os desvios milionários no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não terá réus ou culpados predefinidos, garantiu o senador Omar Aziz (PSD-AM), escolhido para presidir os trabalhos.
Segundo ele, a condução será marcada pela isenção e “pela busca da verdade, sem proteção ou perseguição a qualquer envolvido”.
“O compromisso é com a verdade e não com conveniências políticas”, afirmou Aziz em entrevista, reforçando que a CPMI poderá convocar ex-ministros da Previdência, ex-presidentes do INSS e qualquer pessoa relacionada ao caso, desde que haja fatos concretos que justifiquem a oitiva.
Compromisso com a verdade
Aziz destacou que a comissão não atuará sob interesses partidários. “Nossa tarefa não é escolher lado. O maior legado que essa CPMI pode deixar é, além de apurar os responsáveis, criar mecanismos para evitar que essas fraudes voltem a acontecer”, afirmou.
O parlamentar também lembrou que milhares de aposentados e pensionistas foram vítimas de descontos fraudulentos em empréstimos consignados, sem nunca terem solicitado o serviço.
“Apesar do governo estar devolvendo os valores, houve quem se beneficiou dessa prática ilegal, e essas pessoas terão que responder por isso”, completou.
Estrutura técnica de apoio
Segundo Aziz, a CPMI contará com apoio de órgãos de fiscalização, como Tribunal de Contas da União (TCU), Receita Federal, Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal, que fornecerão equipes técnicas para fortalecer as investigações.
“O compromisso é com a verdade e não com conveniências políticas. A população está ansiosa para entender o que aconteceu e espera respostas”, concluiu o senador.
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