Após a paralisação dos rodoviários, os ônibus foram recolhidos para as garagens, deixando paradas e terminais lotados em Manaus, nesta quinta-feira (11). Pela manhã, o protesto aconteceu na Avenida Brasil, zona oeste da capital, nas proximidades da sede do Governo do Amazonas, e afetou o tráfego e o serviço de transporte na cidade.
Segundo os trabalhadores, a paralisação foi motivada por atrasos no pagamento de salários e benefícios. O vale-alimentação, que deveria ter sido pago em 20 de agosto, só foi depositado no dia 26. Já o salário, previsto para o quinto dia útil de setembro (9), ainda não havia sido pago até esta quinta-feira.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, confirmou ao Portal Em Tempo que os motoristas estão recolhendo os ônibus para as garagens.
“Tem R$ 19 milhões na conta do Estado, já liberados pela Justiça, mas que ainda não chegaram aos trabalhadores. Com uma semana de atraso, não dá para tirar a razão do rodoviário que precisa pagar suas contas em dia”, disse Oliveira.
Empresas alegam falta de repasse do Estado
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) afirmou que os atrasos ocorrem devido à falta de repasse de recursos estaduais, destinados ao custeio do transporte de estudantes da rede pública. Os valores chegaram a ser depositados judicialmente, mas foram devolvidos ao Estado e ainda aguardam liberação.
Segundo o Sinetram, assim que o dinheiro for repassado, será destinado às empresas para o pagamento imediato dos salários.
“As empresas cumprem seu papel na prestação do serviço público, mas só conseguem honrar os compromissos trabalhistas quando devidamente remuneradas”, destacou o sindicato.
A entidade ainda afirmou que permanece aberta ao diálogo com trabalhadores e autoridades para garantir a integridade e a continuidade do transporte público em Manaus. Até o momento, o Governo do Amazonas não se manifestou oficialmente sobre a liberação dos recursos.
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