O Festival de Cinema da Amazônia – Olhar do Norte 2025 inicia sua sétima edição na quarta-feira (17), às 20h, no Teatro Amazonas, com entrada gratuita e classificação indicativa a partir de 12 anos. Na abertura, o público poderá assistir aos filmes “Dia dos Pais”, de Bernardo Ale Abinader, e “Enquanto O Céu Não Me Espera”, de Christiane Garcia.
A produção é da Artrupe Produções, formada por Diego Bauer, César Nogueira, Hamyle Nobre e Victor Kaleb, em parceria com o Cine Set e o Itaú Cultural Play, com apoio do Governo do Amazonas, da Atelo e do Amazonas Shopping.
Mostras e atividades formativas
O festival segue até domingo (21) com uma programação diversa que inclui:
- Três mostras competitivas: Amazônia, Outros Nortes e Olhar Panorâmico
- A mostra não-competitiva Olhinho, voltada ao público infantojuvenil
- Curtas e longas-metragens convidados
- Atividades formativas como debates, oficinas e masterclasses no Centro Cultural Palácio Rio Negro, Teatro Gebes Medeiros e Galeria do Largo
“Dia dos Pais” abre a noite com crítica à masculinidade
O curta-metragem “Dia dos Pais”, do diretor e roteirista Bernardo Ale Abinader, abre a primeira noite de exibições. O filme retrata uma Manaus encoberta por fumaça de queimadas e apresenta uma difícil relação entre pai e filho, interpretados por Denis Lopes e Adanilo, respectivamente.
“Dia dos Pais é um filme que vem da minha observação a respeito da dificuldade que existe em muitas relações entre pai e filho […]”, comenta Abinader.
O curta aborda temáticas como masculinidades e bloqueios emocionais dos homens e foi idealizado durante um período crítico de poluição na cidade.
“Sempre foi um sonho exibir um filme meu no Teatro Amazonas e o festival vai tornar esse meu sonho realidade”, destaca o diretor.
Longa de Christiane Garcia retrata realidade ribeirinha
“Enquanto O Céu Não Me Espera”, da cineasta Christiane Garcia, é o longa que completa a noite de estreia. O filme tem como protagonista o ator Irandhir Santos, no papel de Vicente, um agricultor que luta para permanecer no sítio onde mora, mesmo com a cheia dos rios amazônicos.
O filme teve estreia no 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, onde concorreu em todas as categorias e recebeu elogios da crítica e do público. Também passou por festivais internacionais em Havana e Capri (Itália).
“O festival Olhar do Norte é atualmente a principal janela de exibição de filmes realizados na Amazônia”, reforça a diretora.
Na quinta-feira (18/09), das 10h às 12h, os diretores participam de um debate aberto ao público na Galeria do Largo, no Centro de Manaus.
“Teremos a oportunidade de conversar com o público interessado em entender como realizamos as cenas […]”, explica Christiane Garcia.

Números e impacto do Olhar do Norte
A edição de 2025 recebeu 832 filmes inscritos nas mostras competitivas. Ao longo de suas seis edições anteriores, o festival alcançou:
- Mais de 5.200 pessoas presencialmente
- Cerca de 9.000 espectadores online
- Exibição de mais de 220 curtas
- 14 longas convidados
- 15 rodas de conversa
- 20 sessões de debate
- 14 oficinas e 10 masterclasses
O Olhar do Norte também desenvolve iniciativas permanentes como o Olhar do Norte Lab, para capacitação audiovisual, e o Cineclube Olhar do Norte, que incentiva a formação de novos realizadores.
Acompanhe a programação completa
A agenda completa está disponível no Instagram oficial do festival: @olhardonorte
Leia mais: Brasil ainda espera vistos dos EUA para Assembleia da ONU
