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benefício de saúde

Empresas americanas passam a custear aborto para funcionárias

Ação em conjunto vem em meio ao debate que envolve a Suprema Corte sobre legalidade do aborto

Amazon é uma das companhias que ampliou benefícios para funcionárias realizarem aborto (Foto: Pixabay)

EUA – Nas próximas semanas, a Suprema Corte dos Estados Unidos deve derrubar uma decisão que, em 1973, considerou que o direito ao aborto é protegido pela Constituição do país.

A tendência foi revelada em um rascunho, vazado na segunda-feira (2), contendo a opinião da maioria do tribunal sobre o tema. Diante disso, grandes companhias americanas têm se posicionado a respeito do assunto e estão expandindo os benefícios de saúde oferecidos às suas funcionárias.

Marcas como Apple, Amazon, Citibank e Levi’s vão começar a pagar as despesas com viagens e até incluir o aborto no roll de coberturas do seguro médico, inclusive fora de estados onde vivem as funcionárias.

Com a mudança de entendimento da Suprema Corto sobre o aborto, cada Estado americano terá permissão para terminar suas próprias regras sobre o tema. Há a expectativa de que 20 Estados imponham restrições ao procedimento ou o proíbam para a maioria das situações.

A Amazon, por exemplo, informou que vai adicionar um benefício de US$ 4 mil dólares para que os funcionários tratem de questões de saúde fora de suas cidades, sejam problemas médicos ou reprodutivos. O grupo Citibank deve aumentar os benefícios de saúde, incluindo a cobertura de passagens aéreas e acomodações, se necessário.

Outra marca que se posicionou foi a Match Group, proprietária do aplicativo Tinder, criando um fundo para que funcionários tenham acesso a dinheiro para pagar despesas com o aborto.

Já o Uber deve oferecer caronas a clientes que procuram cuidados reprodutivos em outro estado, além de se comprometer a pagar taxas de motoristas que forem multados por transportar passageiros para clínicas de aborto.

Caso Roe v. Wade

Até 1973, grande parte dos estados norte-americanos considerava o aborto um crime. Mas, no Texas, em 1970, uma jovem – com pseudônimo Jane Roe – questionou a constitucionalidade da legislação local e, três anos depois, a Suprema Corte decidiu pela legalidade do aborto em todo o país.

Prestes a completar 50 anos, o tema volta ao centro da discussão judiciária. Segundo um documento vazado pela agência de notícias Político, os juízes devem derrubar a atual decisão e passar o caso para ser debatido entre os deputados e senadores.

Confira lista de empresas que anunciaram medidas pró-aborto:

– Amazon

– Apple

– Citigroup

– HP Enterprise

– Levi’s

– Match

– Salesforce

– Uber

*Época Negócios

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