A operação integrada das forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, nesta terça-feira (28), tornou-se a mais letal da história do estado, com 64 mortes. Entre as vítimas estão quatro policiais, sendo dois da Polícia Civil e dois do Bope. Veja quem eram eles:
Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho — Polícia Civil
Marcus Vinícius, 51 anos, morreu após ser atingido na cabeça durante a ação. Na corporação desde 1999, iniciou sua carreira na Delegacia de Repressão a Entorpecentes e passou pelo 18º DP (Praça da Bandeira).
Chefiava o Setor de Investigações do 53º DP (Mesquita) e havia sido promovido internamente na segunda-feira (27), alcançando o cargo máximo de comissário de polícia.
Rodrigo Velloso Cabral — Polícia Civil
Integrante recente da Polícia Civil, Rodrigo atuava havia cerca de 40 dias no 39º DP (Pavuna). Ele foi atingido na nuca e não resistiu. O agente deixa esposa e uma filha.
Heber Carvalho da Fonseca — Bope
O sargento Heber, 39 anos, era especializado em tiro de precisão. Foi morto em confronto com criminosos no Complexo do Alemão. Ele deixa esposa e filhos.
Cleiton Serafim Gonçalves — Bope
Também sargento do Bope, Cleiton, 42 anos, tinha formação em técnicas de tiro e apoio tático. Foi atingido no abdômen durante o enfrentamento. Ele deixa esposa e uma filha.
Operação teve prisões e feridos
A megaoperação, que deteve mais de 80 suspeitos, incluindo chefes de facções foragidos de outros estados, superou o número de mortos do Jacarezinho em 2021, até então a ação mais letal da história do Rio.
Além das mortes, nove pessoas foram baleadas — três moradores e seis agentes.
As autoridades afirmam que a ofensiva, parte da Operação Contenção, buscou enfraquecer a atuação do Comando Vermelho e impedir a expansão territorial da facção.
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