Penélope, conhecida como Japinha do Comando Vermelho (CV) e “musa do crime”, foi morta com um tiro de fuzil no rosto durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.

A mulher, apontada como uma das principais combatentes do CV, morreu em confronto com as forças de segurança na terça-feira (28), segundo a polícia.

De acordo com as investigações, Penélope era considerada pessoa de confiança de chefes locais da facção e atuava na proteção de rotas de fuga e na defesa de pontos estratégicos de venda de drogas.

No momento da troca de tiros, Penélope, conhecida como Japinha do CV, vestia roupa camuflada, colete tático e carregava compartimentos para munição de fuzil. O corpo foi encontrado próximo a um dos acessos principais da comunidade, após horas de intenso tiroteio.

Relatos de policiais apontam que Penélope resistiu à abordagem e abriu fogo contra os agentes, sendo então atingida fatalmente.

Antes de morrer, a “Japinha” havia ganhado destaque nas redes sociais, onde publicava fotos ostentando armas e roupas militares. As imagens circularam amplamente e ajudaram a consolidar a fama de “musa do crime”, símbolo de poder e status dentro da facção.

Operação mais letal da história do Rio

A morte de Penélope ocorreu durante a maior e mais letal operação policial da história do estado, que deixou 121 mortos, segundo balanço oficial do governo do Rio de Janeiro — entre eles, quatro policiais.

Batizada de Operação Contenção, a ação mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, com apoio de unidades especiais.

O objetivo, segundo as autoridades, foi conter o avanço territorial do Comando Vermelho e desarticular bases logísticas da facção nas duas comunidades.

Moradores da Penha relataram ter encontrado dezenas de corpos na área de mata da Serra da Misericórdia, onde ocorreram os confrontos mais intensos. Ao todo, 113 pessoas foram presas, sendo 33 de outros estados.

Iniciada na madrugada de terça-feira, a megaoperação foi marcada por horas de tiroteio, bloqueios de vias e paralisação parcial do transporte público no Grande Rio.

O governo estadual classificou a ação como um “sucesso”, enquanto organizações civis e moradores criticaram o alto número de mortes e os impactos sobre a população local.

(*) Com informações do g1

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