Em seu primeiro mandato como deputado estadual, Comandante Dan preside a Comissão de Segurança Pública, Acesso à Justiça e Defesa Social. O parlamentar possui extensa trajetória na área de segurança.
Entre os cargos ocupados está o de Comandante Geral da Polícia Militar do Amazonas no período de janeiro de 2008 a março de 2011 e presidente Regional Norte, do Conselho Nacional de Comandantes Gerais de 2010 a março de 2011. Além de outras funções como a de Secretário Municipalde Ordem Pública e Integração de Presidente Figueiredo.
O parlamentar também foca na qualidade de vida da população e interiorização do desenvolvimento. Confira a entrevista com o deputado estadual Comandante Dan.
EM TEMPO – Quais são os principais destaques do seu mandato até agora?
COMANDANTE DAN – A pergunta é muito ampla, então prefiro citar os principais focos de atuação do meu mandato, que foca, principalmente, nas áreas de segurança pública, qualidade de vida da população e interiorização do desenvolvimento. Por questões óbvias, pela minha formação e carreira e pela preocupação da população com o tema, abordo a segurança pública, tanto pelo aspecto do cidadão, quanto pelo aspecto do profissional de segurança. Qualidade de vida se comunica com meio ambiente, sustentabilidade, acesso da população aos serviços públicos essenciais, como saúde, educação, segurança, trabalho e renda. E interiorização do desenvolvimento busca levar uma nova realidade aos nossos municípios interioranos. Somos o Estado do Amazonas, o maior consumidor de proteína de pescado da região. Por isso, pelo segundo ano consecutivo, deverei ser o deputado que mais destinou emendas ao segmento da pesca artesanal. Minha atuação enquanto deputado, e em tudo o que faço, segue meus princípios cristãos e se pauta pela a defesa de valores, do civismo, pelo fortalecimento das famílias e da fé. Tudo isso de maneira inclusiva e cidadã.
ET – De que maneira sua trajetória na área da Segurança Pública contribui para sua carreira política?
CD – O conhecimento teórico e a experiência prática que acumulei por décadas de uma vida policial militar, que não foi de gabinetes, faz diferença na maneira de compreender o mundo e a sociedade. Faz diferença no planejamento de políticas públicas que atendam efetivamente aos interesses da população. E quem trabalha com segurança sabe que a melhor política não é correr atrás de bandido, mas sim a política de prevenção, que é proativa e se antecipa ao fato, ou ao sinistro. A defesa social é a melhor forma de enfrentar a violência.
ET – Quais os projetos de sua autoria têm tido maior relevância para a população até agora? Por quê?
CD – Acredito que nem tudo são leis. Um deputado pode fazer muitas ações, além da questão da elaboração de projetos de lei. Nesse sentido considero que o Movimento “Soluciona BR-319”, que pleiteia a trafegabilidade com segurança daquela estrada, vendo cidadãos e meio ambiente como prioridade, tem sido um grande feito do meu mandato. Denunciei à Superintendência Regional do DNIT no Ministério Público Federal, realizei caravanas, com audiências públicas nos municípios à margem da via, dei visibilidade a problemas como a travessia do Igapó Açu e as pontes caídas sobre o Curuçá e o Autaz-Mirim, criei um marco cronológico que mostra o atraso na solução das pontes.Também cito a lei que cria os grupamentos de brigadistas no interior do Amazonas, expandindo a ação do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, em meio a todas as tragédias climatológicas e hidrológicas que nos são impostas pelas mudanças climáticas, que é de minha autoria e já tem muitos frutos, entre outros.

ET – Como presidente de comissões de Justiça e Segurança, quais foram os principais trabalhos realizados e metas alcançadas?
CD – Realizamos visitas técnicas importantes pelos nossos interiores. Tenho orgulho de ser uma das comissões legislativas mais ativas da Assembleia e que interage até com as comissões instaladas no Congresso Nacional. Realizamos também, nestes três anos de mandato como deputado, três edições do Seminário de Segurança Inovadora, com expoentes nacionais da segurança pública e estudos de casos bem sucedidos, que proporcionam a sensação de segurança aos cidadãos de novas maneiras de olhar a política pública. Um evento que abriu espaço para que pudéssemos dialogar mais de perto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, com a Secretaria Nacional de Segurança Pública e com as comissões de segurança do Congresso Nacional e de todo o país.
ET – Quais os assuntos debatidos, em relação ao Amazonas, durante a Marcha Nacional dos Deputados Estaduais em Brasília?
CD – A Marcha não se propôs a falar de situações estaduais particulares, mas de uma situação que pode interferir diretamente em todos os legislativos estaduais e que pode restringir a autonomia deles: a reforma administrativa que tramita no Congresso. Ela buscava chamar a atenção para os perigos contidos no projeto de lei que está sendo examinado pelos parlamentares federais, e convencê-los a alterar o projeto. Para se ter uma ideia, se aprovada como está, a Reforma poderá, entre outras coisas, reduzir as competências legislativas dos Estados, encerrar o modelo atual de duodécimo, transferindo controle orçamentário para a União e retirar a capacidade legislativa sobre taxas e emolumentos estaduais.
ET – Como o senhor avalia o sistema político nacional?
CD – O nosso sistema funciona e prova que o Brasil detém uma democracia sólida. Os embates extremados são naturais da alternância de poder por diferentes correntes de pensamento. Qualquer tentativa de desacreditar o sistema político acaba me soando como uma forma de desviar a atenção da população e de concentrar poder, desequilibrando a balança da interdependência dos poderes.
ET – Estamos em um ano pré-eleitoral. Como o senhor define sua atuação neste período?
CD – Minha atuação em 2025 não se diferenciou do que foi em 2023 e em 2024, e não será diferente em 2026. Trabalho com planejamento e foco nos interesses públicos mais relevantes, dentro de um repertório que é mais próximo ao meu mandato: segurança pública, qualidade de vida da população e interiorização do desenvolvimento. Não trabalho em função de uma eleição, mas trabalho com a procuração que a população me deu.
ET – 2025 encerra de uma maneira positiva no cenário político local?
CD – Essa resposta cabe muito mais à avaliação dos cidadãos que à minha. Eu pessoalmente acredito que temos muita coisa por resolver no tocante à qualidade de vida de nossa gente. Vivi uma experiência no recesso de julho deste ano que só aprofundou e consolidou minhas convicções. Desci de barco de Tabatinga até Manacapuru, parando em todos os municípios na calha do Solimões e em mais de 40 comunidades ribeirinhas. As facções criminosas estão em todas as regiões. Há muito a ser feito. Quero poder sonhar que 2026 terminaremos melhores que em 2025.
ET – Quais são suas projeções políticas para 2026?
CD – Durante os anos de 2021/2022, apresentei um Plano de Mandato ao povo do Estado do Amazonas, para desenvolvê-lo em quatro anos. Este Plano está sendo desenvolvido com presença efetiva, participação popular, credibilidade e transparência. Continuarei nesse sentido a fim de me submeter à avaliação do nosso povo, nas eleições de 2026. Nesses primeiros três anos de mandato, sou o parlamentar com a melhor média de presença nas sessões plenárias e que mais tem usado a tribuna da Assembleia para se pronunciar em favor da população. Meus finais de semana são dedicados às viagens ao interior e às ações cívico-sociais. Nossa comissão de segurança pública está entre as mais ativas do parlamento estadual. Sendo aprovado e reeleito por nosso povo, vamos continuar inovando, focado no interesse público, com fé em Deus e foco na missão, promovendo qualidade de vida aos amazonenses, com a permissão de Deus.
