Nome conhecido no ramo empresarial e esportivo, o deputado estadual Rozenha está entre os mais atuantes da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). Natural de Porto Velho (RO), o parlamentar é co-fundador de uma das maiores empresas do setor de calçados no Brasil.
No cenário esportivo, Rozenha foi eleito diversas vezes presidente do Fast Clube. Inclusive, durante sua gestão o time conseguiu um título estadual, após um jejum de 45 anos sem vitórias. O deputado também foi responsável por trazer o Futebol Olímpico para o Amazonas, no ano de 2016.
Em 2022, Rozenha foi eleito presidente da Federação Amazonense de Futebol (FAF), onde já está trabalhando em uma reestruturação para trazer de volta o brilho dos times e dos talentos dos jovens atletas amazonenses.
Ainda em 2022, Rozenha foi eleito deputado estadual do Amazonas, com 20.876 votos.
Confira a entrevista do parlamentar:.
EM TEMPO – Quais são os principais destaques do seu mandato?
ROZENHA – Ao longo desses três anos à frente de um mandato estadual, procuro voltar minha atenção para as principais necessidades do povo do Amazonas. Não apenas aqueles que vivem na capital. Busco dar visibilidade também ao povo do Amazonas mais profundo, aqueles que vivem em regiões mais longínquas, muitas vezes, esquecidos nas suas principais necessidades. Em pouco tempo de mandato, já figurei entre os parlamentares que mais apresentaram Projetos de Lei na Assembleia. Mas não é número por número. São projetos que mexem com a vida das pessoas como o combate ao racismo, o empreendedorismo feminino, o desenvolvimento econômico, a repavimentação da BR-319, a proteção social, a educação inclusiva e fortalecimento do turismo. No campo econômico, destacamos a geração de emprego e renda. Coordeno debates sobre empreendedorismo, indústria, Zona Franca, bioeconomia e interiorização das oportunidades. Meu foco é fazer a riqueza circular também fora de Manaus. Me orgulho das leis e projetos que protegem mulheres, idosos, juventude, famílias e causas minoritárias. A política só faz sentido quando chega no dia a dia das pessoas, e isso eu levo muito a sério.
EM TEMPO – De que maneira sua trajetória na área do esporte contribui para sua carreira política?
ROZENHA – O esporte mudou minha vida. De muitas maneiras, ele também foi responsável por moldar meu jeito de fazer política. Quando você trabalha no futebol, você aprende rápido que nada se constrói sozinho. É um ambiente duro, competitivo, onde a pressão é diária e a cobrança vem de todos os lados. E isso me ensinou duas coisas que levo para a política: resiliência e responsabilidade coletiva. À frente da Federação Amazonense de Futebol e na Vice-presidência da CBF, pude ver o impacto que o esporte tem na economia, na autoestima e no futuro da nossa juventude. O esporte deixou ainda mais claro que política pública boa não é a que aparece, é a que transforma. Além disso, o futebol do Amazonas cresceu muito nos últimos anos e eu acompanhei esse crescimento de perto. Essa vivência me proporciona uma visão estratégica de gestão, articulação e construção de oportunidades, que aplico todos os dias na Assembleia.

EM TEMPO – Como presidente da Comissão de Empreendedorismo e vice da Indústria, quais fora os principais trabalhos realizados e metas alcançadas?
ROZENHA – Assumir a presidência da Comissão de Empreendedorismo, Comércio Exterior e Mercosul e a vice-presidência da Comissão de Indústria Comércio e Zona Franca foi uma oportunidade de colocar em prática a ideia de que o Amazonas precisa gerar renda onde o povo está. Na Comissão de Empreendedorismo, priorizamos o empreendedorismo feminino com projetos estruturantes que vão desde microcrédito até qualificação técnica para mulheres da capital e, principalmente, do interior. Já na vice-presidência da Comissão de Indústria, Comércio e Zona Franca, o foco foi proteger o modelo Zona Franca com visão de futuro. Plantamos hoje as condições para que o Amazonas tenha mais autonomia econômica amanhã.
EM TEMPO – O senhor também integra a Comissão da Mulher, da Família e da Pessoa Idosa. Como o senhor avalia a alta do feminicídio hoje em dia?
ROZENHA – Falar de feminicídio não é só falar de número. São vidas interrompidas, famílias destruídas e um problema que exige coragem política. O feminicídio virou uma epidemia silenciosa. A a sociedade não pode tratar isso como algo normal. Na Comissão da Mulher, da Família e da Pessoa Idosa, tenho uma posição muito clara. Violência contra a mulher não se discute, se combate. E esse combate precisa ser com urgência. O feminicídio cresce porque ainda falta uma rede de proteção que funcione do início ao fim. Quando defendo empreendedorismo feminino, microcrédito e qualificação, não é só economia. É proteção. É autonomia. É vida salva. O que posso garantir é que, dentro da comissão, vou continuar atuando, propondo e cobrando tudo que for necessário para que nenhuma mulher do Amazonas viva com medo.
EM TEMPO – Na Comissão do Turismo, como o senhor avalia o cenário atual do nosso Estado?
ROZENHA – O turismo do Amazonas vive um momento interessante pois ganhou visibilidade.Estamos em crescimento. Mas, ainda existe margem enorme para expansão.
EM TEMPO – Como senhor avalia o sistema política nacional?
ROZENHA – O sistema político nacional vive um momento de desgaste profundo. Não adianta maquiar isso. O brasileiro está cansado de polarização, de briga por narrativa, de ver gente defendendo bandeira de partido enquanto o povo defende a própria sobrevivência. O problema do nosso sistema hoje não é falta de lei. É falta de compromisso, diálogo, prioridade, foco no essencial que é resolver a vida, sobretudo, de quem está no Amazonas mais profundo. Ainda vejo muita energia sendo gasta em debates que não levam a nada, enquanto temas estruturais ficam sempre em segundo plano. Eu defendo uma política que fala a verdade, que não subestima o povo e que trata a responsabilidade pública como missão. Honestamente, acho que o Brasil está caminhando para isso. Devagar, mas está.
EM TEMPO – Estamos em um ano pré-eleitoral. Como o senhor define sua atuação neste período?
ROZENHA – O ano pré-eleitoral, para mim, não muda a essência do mandato. Pelo contrário, reforça o compromisso. Minha atuação continua sendo trabalho duro, presença no território, entrega de resultados reais, defender o povo e oportunidades. Isso significa continuar trabalhando nos projetos e leis que gerem emprego, segurança, oportunidades para jovens, mulheres, idosos. Para mim, pré-eleição é momento de consolidar projetos, ampliar a representatividade e mostrar que o mandato é mais que discurso.
EM TEMPO – 2025 encerra de uma mandeira positiva no cenário político?
ROZENHA – Eu diria que 2025 fecha com um saldo positivo, mas com alertas ligados. Dentro da Assembleia, vejo um ambiente mais técnico, mais aberto ao debate e com pautas estratégicas andando. Então sim, 2025 termina num patamr positivo. Mas o recado é claro. Quem quiser continuar relevante em 2026, vai ter que mostrar trabalho de verdade.
EM TEMPO – Quais são suas projeções políticas para 2026?
ROZENHA – Desejo continuar defendendo o Amazonas com coragem, coerência e trabalho. Sigo atento ao que o povo espera do meu mandato e, principalmente, ao que ainda falta ser feito. Se 2025 consolidou bases importantes, 2026 é o ano de ampliar, fortalecer políticas públicas que gerem emprego, renda, proteção social e desenvolvimento econômico. Minha projeção é clara: continuar onde eu puder servir melhor. Seja aprofundando o trabalho na Assembleia ou atendendo a um chamado maior da população. O que eu posso garantir é que eu vou entrar em 2026 com a mesma energia que entrei no primeiro dia de mandato. Com pé no chão, diálogo aberto e compromisso real com o Amazonas. O restante, quem decide é o povo. E eu respeito isso profundamente.
