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Buscas encerradas

Bombeiros encerram buscas por paraquedista após um mês do acidente

No entanto, caso haja alguma informação que der indícios da presença do paraquedista, a corporação designará uma equipe para ocorrência

Foto: Reprodução

Manaus (AM) – Após um mês, o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) encerrou as buscas pelo paraquedista Luiz Henrique Cardelli. A vítima, que também era advogado, desapareceu após uma forte ventania durante um salto no dia 15 de abril, em Manaus.

Segundo o Comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Orleiso Ximenes Muniz, todos os esforços foram dedicados às buscas do advogado desde o primeiro dia. Durante a operação, mais de 600 km² foram vistoriados pelas equipes montadas durante o gabinete de crise. No entanto, nenhum vestígio foi encontrado.

“Dedicamos todos os recursos que poderiam ser dedicados, envolvemos todas as forças, montamos um gabinete de crise, fizemos uma varredura detalhada em mais de 600 km². Então toda aquela área de terra nas proximidades do Cacau Pirêra foram feitas as buscas e nada foi localizado”, destacou o comandante do CBMAM.

Diante da falta de indícios da presença de Luiz Henrique nos locais que foram alvos do corpo de bombeiros, a equipe decidiu encerrar as buscas. No entanto, caso haja alguma informação que possa indicar que o paraquedista passou por ali, a corporação atenderá a ocorrência.

Portanto, essa ocorrência está tecnicamente encerrada. Contudo, caso haja informações ou fragmentos que possam indicar a presença do Luiz Henrique, nós estaremos com as equipes em prontidão, mesmo que nós não estejamos diariamente dedicando equipes para fazer buscas”,

declarou o coronel.

Segundo Orleiso, nos primeiros 15 dias de buscas, mais de 100 militares trabalharam na operação para encontrar o paraquedista, por 16 horas diárias.

A partir da segunda quinzena, a equipe foi reduzida para 40 homens, que passaram a realizar as buscas 8 horas por dia.

Família vive angústia

A família do paraquedista continua angustiada, sem saber nenhuma pista sobre o paradeiro de Luiz Henrique.

Em nota divulgada ao Em Tempo, familiares pedem esclarecimentos sobre as condições de segurança dos paraquedistas em Manaus, e buscam por justiça para que outros casos, como o de Luiz, não se repitam.

Conforme a nota, assinada por dois advogados da família e pela ex-esposa, Jéssica Priscila Dias dos Santos, os familiares e amigos de Luiz sofrem pela total falta de vestígios que possam sinalizar a localização do paraquedista.

Além disso, as incertezas aumentam ainda mais pelas condições climáticas e biológicas que cercaram e que ainda rodeiam o sumiço de Luiz.

“A esperança das pessoas próximas sempre existirá, mas amanhã completam 30 dias. Todos estamos cientes da extrema dificuldade [de encontrar o Luiz] pelo avançar dos dias, pela realidade local, pela tempestade do dia e nos dias seguintes, por todos os fatores de tempo e clima, água e cheia do rio”, conta o advogado Athos Cardoso ao Em Tempo.

A nota também questiona sobre os mecanismos de proteção que cercam as pessoas que praticam o paraquedismo na capital do Amazonas, e se existiam “ferramentas” que indicassem o tempo naquele momento, assim como ações que proibissem a área de salto em condições climáticas de risco.  

Relembre o caso

Um grupo, de 14 paraquedistas, foi surpreendido por uma tempestade, após realizarem um salto na tarde da última sexta-feira (15). A forte chuva, acompanhada de ventos intensos, prejudicou a aterrissagem.

Cerca de dez paraquedistas conseguiram aterrissar com segurança. Outros quatro tiveram sua rota de pouso alterada, sendo um deles o Luiz Henrique, que até o momento segue desaparecido.

Um dos que não desceu no local previsto acabou aterrissando no bairro Compensa, Zona Leste de Manaus. Outros dois caíram no rio negro. Um deles, um homem, foi salvo por pescadores, já a paraquedista Ana Carolina, de 27 anos, foi encontrada morta.

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