Diante do risco de faltar diesel no segundo semestre, o governo avalia impor um novo nível de estoque obrigatório mantido pelas distribuidoras e ainda aumentar o percentual de participação do biodiesel (recentemente fixada em 10%) no produto comercializado nos postos de combustível.
Diretores da Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), se reuniram na sede do Ministério de Minas e Energia, tiveram encontro com o ministro Adolfo Sachsida e técnicos no órgão para “apresentação institucional”.
A informação foi repassada ao Valor por fonte oficial. “Tudo pode ter impacto no preço, que é outro problema”, comentou, ao explicar o enfoque das medidas, que não servem para conter o aumento de preços, mas reforça a tendência de alta nos próximos meses.
Esse é um assunto prioritário do presidente Jair Bolsonaro (PL), que percebe os efeitos da alta de preços dos combustíveis na inflação e em sua popularidade em ano eleitoral.
Atualmente, as distribuidoras de combustíveis são obrigadas a manter um estoque capaz de atender ao mercado de três a cinco dias, a depender da região e considerando o volume de vendas registrado no ano anterior.
A mudança do percentual de biodiesel no diesel, produzido a partir de fonte fóssil, está a cargo do Ministério de Minas e Energia. Já o aumento dos estoques obrigatórios demanda ajuste em resolução da ANP.
Na última sexta-feira (27), o ministério informou que o Brasil tem estoque de óleo diesel para suprir o mercado interno por 38 dias, se as importações fossem suspensas naquela ocasião. O posicionamento ocorreu após o Valor informar que o país mantinha armazenamento para suprir o mercado por 20 dias e também depois de ter vazado o alerta feito pela Petrobras ao governo e à ANP sobre o risco de desabastecimento.
O aumento da participação do biodiesel na mistura do combustível é uma bandeira dos produtores nacionais, pleito que ganhou força nas discussões sobre a possibilidade de falta do combustível no país. Eles defendem a elevação do percentual atual de 10% para 12% ou 13%.
O mercado projeta um risco crescente de faltar diesel, especialmente entre agosto e outubro. É neste momento do ano que o país registra um pico de consumo associado ao aumento de exportações de commodities agrícolas.
*Com informações do Valor Econômico
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