O projeto de privatização da Petrobras, formalizado pelo ministério de Minas e Energia, é desaprovado pela maioria da população. Segundo pesquisa do PoderData feita entre 19 e 21 de junho, 55% são contrários, enquanto 28% preferem a desestatização e outros 17% não souberam responder.
Na última pesquisa, em abril, a taxa era de 50%. Nos meses seguintes o presidente Jair Bolsonaro intensificou as investidas contra a empresa, que deve ter seu quinto presidente eleito nesta sexta-feira (24), num período de apenas dois anos.
Nesse período, a estatal também anunciou outro reajuste nos preços. Na última sexta (17) o preço da gasolina subiu nas refinarias de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro, um aumento de 5,18%. No diesel, o preço por litro teve alta de R$ 4,91 para R$ 5,61, o que equivale a um reajuste 14,26%.
Entre os apoiadores do presidente, a taxa de favoráveis à privatização sobe para 52%. Já entre os que reprovam a gestão, a taxa recua para 15%.
Na última pesquisa, entre 5 a 7 de junho, 42% da população apontou que o principal causador da inflação é o presidente Jair Bolsonaro.
Privatização
A maioria dos entrevistados diz ser contra privatizações no geral. Para 43%, o governo deve manter todas em empresas estatais. Já 17% discordam e querem todas as empresas privatizadas. Outros 29% acham que o governo deve se desfazer de uma parte.
Em 9 de junho, o governo emplacou a primeira privatização, a da Eletrobras, e angariou R$ 33,7 bilhões com a venda das ações. A ação, no entanto, pode ser revista caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vença o pleito de outubro.
Entre os apoiadores do presidente, o apoio à venda de todas as estatais sobe para 33%, enquanto 54% dos que desaprovam querem que todas as estatais sigam sendo do governo.
O PoderData destaca:
- região – 27% dos que moram no Sul avaliam ser melhor privatizar todas as estatais e os que moram no Sul (37%) são os mais favoráveis à privatização da estatal, enquanto 68% dos nortistas são contrários;
- renda – entre os mais ricos, 24% acham melhor vender todas as empresas do governo e para 56% dos que recebem até 2 salários mínimos, o governo deve continuar sendo dono da Petrobras.
A pesquisa foi realizada por meio de ligações para telefones celulares e fixos. Foram 3.000 entrevistas em 302 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. O registro da pesquisa no TSE é BR-07003/2022.
Para chegar a 3.000 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
*iG
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