Parintins (AM) – Com o tema, “Amazônia: Nossa Luta em Poesia”, o boi Caprichoso é o campeão do 55º Festival Folclórico de Parintins. O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (27).
Na primeira noite, o touro negro levou para a arena a noite A “Amazônia-Floresta: o grito da vida”, onde a poesia amazônica tornou-se manifesto, onde vida e imaginário formou um corpo uno, um corpo-floresta, uma gente-Caprichoso, unidos em defesa do seu território, sua morada, seu lar. É a luta dos seres-floresta.
Na segunda-noite, com a “Amazônia-Aldeia: o brado do povo”, o Caprichoso apresentou as lutas constantes dos povos e comunidades tradicionais da Amazônia. Resistir é reexistir.
Na poesia, o bumbá foi levante, manifesto, e festança Multicultural, retratando que resistência também é tradição. E tradição é herança, como as brincadeiras de boi no Brasil, que unificam um país trabalhador e rico em suas manifestações, onde o sorriso vai além de simbolizar o existir.
Já na terceira e última noite, o touro negro entrou na arena com o subtema “Amazônia-Festeira: o clamor da cura” e mostrou as raízes identitárias do Boi Caprichoso, mitos fundadores, desde Roque Cid – o primeiro – passando pelos “donos” do Boi, aqueles que botavam o brinquedo junino nas ruas de Parintins.
A apresentação foi marcada pela homenagem a Arlindo Júnior, que “sobrevoou” como um anjo. Uma estrutura gigante representava o eterno Pop da Selva.
Em todas as noites, o azul e branco levou para o bumbódromo alegorias gigantes e encerrou o festival fazendo uma grande festa na arena como se já estivesse comemorando o título.
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