MEC STF envia à PGR 2º pedido de investigação contra Bolsonaro no caso MEC Cármen Lúcia pediu à Procuradoria-Geral da República que se manifeste e citou "gravidade do quadro narrado" Em Tempo* - 28/06/2022 às 16:2528/06/2022 às 16:25 Brasília - Cerimônia de posse da nova presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia (Wilson Dias/Agência Brasil) Brasília (DF) – A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia enviou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) nova queixa-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso do suposto esquema de favorecimento ilícito no Ministério da Educação. Nesta terça-feira (28), a ministra acionou a PGR para que o órgão se manifeste sobre pedido de investigação feito pelo deputado Israel Batista (PSB-DF). Na segunda-feira (27), solicitação semelhante foi feita pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). “Considerando os termos do relato apresentado e a gravidade do quadro narrado, manifeste-se a Procuradoria-Geral da República”, escreveu a ministra no despacho. O pedido de Israel Batista envolve a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações da Polícia Federal que levaram à prisão o ex-ministro Milton Ribeiro. O mandatário do país teria alertado Milton, em ligações telefônicas, de possíveis buscas contra o ex-titular do MEC. A prisão A Polícia Federal prendeu preventivamente o ex-ministro Milton Ribeiro em 22 de junho, em operação que investiga esquema de corrupção envolvendo pastores evangélicos durante a gestão dele à frente do MEC. A operação apura o esquema de favorecimento em liberação de verbas do MEC para prefeituras ligadas aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, ambos integrantes da Assembleia de Deus e sem nenhum cargo na pasta. Os dois também são alvo de investigação da PF. A atuação incluiria pedidos de propina de um líder religioso a um prefeito para facilitar acesso a recursos da pasta. Para agilizar o direcionamento de fundo orçamentário proveniente do ministério, o pastor Arilton Moura teria solicitado R$ 15 mil e 1 kg de ouro ao prefeito do município de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB). O Ministério da Educação afirma, em nota, que vai colaborar com as investigações e que o governo federal “não compactua com qualquer ato irregular”. A sede da pasta, em Brasília, foi alvo de buscas da Polícia Federal. Leia mais: MPF cita ‘interferência ilícita’ de Bolsonaro na investigação contra Milton Ribeiro e envia caso ao STF Ex-ministro e pastor ligado a Bolsonaro são presos em operação sobre ‘balcão’ do MEC Bolsonaro diz que Braga Netto deve ser seu vice nas eleições deste ano Entre na nossa comunidade no Whatsapp!