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Pré-candidato

PT decide não lançar candidatura própria para Governo do AM; Braga deve receber apoio

A expectativa é que o senador Eduardo Braga (MDB) seja apoiado pelo partido como candidato, por escolha do PT-Nacional

Foto: Divulgação

Manaus (AM) – Com a aproximação da disputa eleitoral, alguns nomes já aparecem como pré-candidatos para o Governo do Amazonas. Entre os partidos que ainda não definiram quem será o candidato para o pleito é o PT-AM. A expectativa é que o senador Eduardo Braga (MDB) seja apoiado pelo partido como candidato, por escolha do PT-Nacional.

A movimentação para a escolha de um nome para o Governo do Amazonas pelo PT já avança desde o último sábado (2), quando ocorreu o Encontro de Tática Eleitoral. Na reunião, o partido definiu não lançar uma candidatura própria ao governo, e que o posicionamento final ficará sob responsabilidade do PT nacional. Ao mesmo tempo, conforme um dos integrantes do partido, a escolha de vice-governo será feita pelo PT-AM.

“Na Resolução foi aprovado pelos delegados que o PT Amazonas pleiteará a vaga de vice-governo, porém o nome ainda não foi apontado”, disse ao Em Tempo.

Sem lançar um candidato pelo o partido, o PT deve apoiar um outro nome de fora. Um dos mais cotados e com a maior probabilidade de ser apoiado pelo partido é Eduardo Braga, principalmente pela configuração dos arranjos de aliança do PT Nacional com o MDB, partido de Braga.

“É possível sim que o PT nacional dentro do arco de aliança formada para a eleição de Lula aponte o Eduardo Braga como candidatura do PT Amazonas. Ainda não teve decisão final, porém dos nomes colocados até o momento é o que mais tem possibilidades via PT Nacional, até mesmo pelas alianças com o MDB em especial no Nordeste”,

afirmou um dos membros do PT.

Um dos fatores que somam o apoio do PT pela candidatura de Eduardo Braga é por ter sido autor de grandes obras junto do governo Lula. Além disso, Braga é uma forte figura dentro do cenário político local e nacional.

“Hoje o PT Nacional está preocupado muito mais com a situação do país do que com lacunas deixadas por decisões políticas, se para alterarmos a política nacional for necessário ter que dialogar e compor com Braga, Omar e outras figuras, o PT Nacional decidirá”,

informou o membro do PT.

Busca por consenso

Apesar de Braga ser o nome favorito, dentro do partido não há um consenso que apoie o senador, pois há vários aspectos de posicionamento no PT. Alguns deles, inclusive, cogitam apoiar candidatos com correntes ideológicas opostas ao PT. Outros lembram que Braga apoiou o impeachment de Dilma Rousseff, assim como foi a favor da reforma trabalhista e de outros projetos de Bolsonaro, e que por isso defendem um posicionamento contra a candidatura de Braga.

“Há grupos internos que gostariam de marchar ao lado do atual governador Wilson Lima que é nítido apoiador de Bolsonaro igual o prefeito David Almeida. Há grupo que defenda o Ricardo Nicolau, justificando a atuação da Samel na Pandemia e pelo partido solidariedade estar na articulação nacional de Lula. Há grupos que defendem a indicação de Lula e do PT nacional que poderá ser o Braga. Portanto, o PT por não ter essa posição local clara e unificada transfere para a direção nacional a decisão do nome ao Governo”, disse o integrante do PT.

Segundo o deputado estadual Sinésio Campos (PT), a construção de um consenso deve partir da federação composta pelo PT, PV e PCdoB, tanto em nível estadual, quanto federal. Ao ser questionado pela equipe do Em Tempo se apoia a candidatura de Braga, Sinésio disse que são “Cenas dos próximos capítulos”.

Ao ‘Papo Franco’, quadro de entrevistas do Em Tempo com os políticos da região, lançado no dia 24 de junho, o deputado Zé Ricardo (PT) disse que desejava que o partido promovesse candidatura própria, e que seu nome foi levantado positivamente nas pesquisas. No entanto, em razão das prioridades do PT em manter apoio no Congresso, foi definido que tentaria a reeleição para deputado federal.

“Sempre defendi que o PT tivesse candidato próprio à governo do estado. No ano passado, meu nome foi colocado em pesquisas, e me colocou numa posição bastante positiva. Mas, desde o ano passado, quando o Lula foi libertado, a estratégia do PT, a nível nacional, é eleger o Lula. A segunda prioridade é eleger deputados federais e senadores que possam dar apoio político no Congresso Nacional, porque para você provar uma mudança na constituição, aprovar boa parte dos projetos de interesse do governo, o governo tem que ter uma maioria no congresso”, contou o deputado.

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