Manaus (AM) – O peruano Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colômbia”, preso na quinta-feira (7) pela Polícia Federal como suspeito de ser o mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, na região do Vale do Javari, no Amazonas, usou dinheiro proveniente de vários benefícios pagos pelo governo brasileiro.
O Metrópoles apurou que o criminoso sacou valores referentes aos auxílios emergencial e desemprego, além do Bolsa Família. O traficante embolsou nove parcelas do auxílio emergencial, entre abril e dezembro de 2020, totalizando R$ 4,2 mil. Já entre janeiro de 2013 e março de 2018, o suspeito do duplo homicídio de Bruno e Dom recebeu 18 parcelas de seguro-desemprego, que somam R$ 14,7 mil.
Suposto mandante
Colômbia é acusado de fornecer entorpecentes provenientes do Peru e da Colômbia a facções brasileiras. Ele foi preso por uso de documento falso, em Tabatinga. Em junho, a coluna mostrou que ele era investigado por ser um dos suspeitos de envolvimento nos assassinatos de Bruno e Dom, que chocaram o país e o mundo.
Uma das linhas de investigação aponta que Colômbia estaria incomodado com a atuação do indigenista. Bruno Pereira chegou a apreender barcos e peixes que pertenciam à quadrilha. O lucro da pesca ilegal de pirarucus e tracajás — espécie parente da tartaruga, comum na Amazônia — seria apenas um meio de lavar o dinheiro do narcotráfico.
Rubens Villar Coelho teria ainda ligação direta com os dois irmãos presos pela PF: Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, e Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. Um tio de Amarildo, que atua como líder comunitário, também é apontado como “funcionário” de Colômbia.
Dom e Bruno desapareceram em 5 de junho, na reserva indígena Vale do Javari. Amarildo da Costa de Oliveira, de 41 anos; Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”; e Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, estão presos.
*Com informações de Na Mira, do Metrópoles
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