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Editorial

O mal maior

Aumentam, cada vez mais, as ameaças ao Rio Madeira, um dos maiores rios da Amazônia, hoje à mercê de grupos criminosos dispostos a sugar e destruir o seu leito em busca de fortunas em ouro

Foto: Divulgação

Aumentam, cada vez mais, as ameaças ao Rio Madeira, um dos maiores rios da Amazônia, hoje à mercê de grupos criminosos dispostos a sugar e destruir o seu leito em busca de fortunas em ouro.

Imagens de satélite confirmam, neste momento, que há duas semanas balsas e dragas se movimentam em preocupantes ações de sucção do leito do rio, insistindo na extração mineral ilegal, sobretudo, na região entre os municípios de Manicoré e Humaitá.

Extensa matéria veiculada pelo jornal O Estado de São Paulo mostra que as ações espúrias são reais e exigem a reação urgente dos órgãos de controle, sob a coordenação da Polícia Federal cujo superintendente no Amazonas, Eduardo Fontes, informou ao Estadão possuir pleno conhecimento sobre a movimentação das dragas.

A opinião pública amazonense espera que a ação da PF seja breve e forte como ocorreu no final de 2021, quando destruiu 131 balsas ilegais que ameaçavam tomar de assalto uma área nas proximidades da cidade de Autazes.

A porta-voz de Amazônia do Greenpeace Brasil, Danicley de Aguiar, já alertou sobre os altos riscos que a nova investida garimpeira representa para o Madeira, uma investida nefasta que, segundo a pesquisa da ENSP (Escola de Saúde Pública Sérgio Arouca), pode não apenas causar danos ao meio ambiente, mas ceifar milhares de vidas humanas com as substâncias químicas geradoras de câncer que agridem o organismo humano em consequência do uso abusivo de mercúrio nos garimpos.

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