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Editorial

Garantido vai acabar ?

Garantido vive uma crise sem precedentes, com o seu presidente, Antônio Andrade, acusado de levar o boi vermelho e branco ao fundo do poço

Foto: Secom/Divulgação

Detentora do maior número de conquistas da história do mais que badalado Festival Folclórico de Parintins, reunindo 32 títulos contra 24 do seu rival, Caprichoso, a Associação Folclórica Boi Bumbá Garantido vive uma crise sem precedentes, com o seu presidente, Antônio Andrade, acusado de levar o boi vermelho e branco ao fundo do poço.

Isolado, mas se recusando a jogar a toalha e renunciar, Andrade dispara ataques contra seus adversários nas redes sociais e ameaça processar todos os que o criticam. Ele atribui a atual crise do boi bumbá a uma conspiração supostamente armada por um ex-presidente que estaria apostando no seu desgaste para tomar de assalto a entidade folclórica.

No entanto, é difícil acreditar que a conspiração seja a principal responsável pela debandada de alguns dos mais importantes astros do bumbá, que abandonaram a entidade tão logo encerrou-se o 55º Festival Folclórico da Ilha Encantada. É difícil também acreditar que todos esses astros tenham combinado deixar a Associação manifestando o mesmo inconformismo destilado no último final de semana por trabalhadores que ficaram a ver navios, sem receber seus proventos em função dos serviços prestados durante e após a recente derrota para o Caprichoso.

Como é do conhecimento público, os trabalhadores protagonizaram cenas chocantes na Cidade Garantido, protestando em favor dos seus direitos e dando dores de cabeça à polícia que precisou recorrer a gás de pimenta e tiros com balas de borracha para serenizar a manifestação.

A ação violenta, que obrigou a vice-presidente do boi, Ida Silva, e a diretora financeira, Ana Miranda, a realizarem o pagamento, parece ser mais um componente a desmontar a tese de “conspiração” sustentada por Antônio Andrade. Ele só tem um caminho: a renúncia.

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