O impacto fiscal de todas as medidas de estímulo anunciadas pelo governo em 2022 chega a quase R$ 250 bilhões.
É o que mostra um levantamento feito pela BGC Liquidez, que considerou tanto os valores de novos gastos, quanto de renúncias fiscais — quando o governo abre mão de alguma arrecadação prevista. A cifra engloba os impactos nas contas públicas do governo federal, de estados e municípios.
Na tabela abaixo é possível observar os valores de medidas anunciadas antes da PEC dos Benefícios, aprovada nesta semana, que somam R$ 166,2 bilhões.
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No quadro abaixo estão reunidos tanto esses gastos anteriores, quanto o custo da PEC dos Benefícios, que terá impacto de R$ 41,2 bilhões, e outros gastos definidos mais recentemente.
Entre eles: a PEC da Enfermagem, a PEC do piso salarial de agentes comunitários de saúde, vetos do presidente que foram derrubados pelo Congresso — referentes a projetos como a Lei Paulo Gustavo, Lei Aldir Blanc, transferências a agricultores — e o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse).
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Nesta quinta-feira (15), o ministro da economia, Paulo Guedes, defendeu que a PEC dos Benefícios e demais medidas significam que o governo está “cuidando das gerações presentes sem empurrar a conta para o futuro”.
O ministro disse ainda que o governo conta com receitas extraordinárias de R$ 57 bilhões que cobrem a PEC, ressaltando que “o fiscal está forte e não haverá impacto fiscal líquido na PEC.”
Juliano Ferreira, estrategista-chefe da BGC Liquidez, responsável pelo estudo, avalia que o elevado valor das medidas não permite ao governo cobrir todos os gastos adicionais com o aumento da arrecadação.
“O governo vai perder a oportunidade de encerrar o ano com uma situação fiscal mais favorável. Alguns dos gastos são importantes, como o Auxílio Brasil e vouchers direcionados, mas uma parte dos benefícios, como aqueles ligados à isenção tributária nos combustíveis, deveria ser evitada”, diz.
*CNN
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