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Aumento

Setor de serviços avança quase 9% no 1º semestre, aponta IBGE

Setor de transportes teve alta de 0,6% e foi o que mais influenciou o resultado dos serviços em junho

Reprodução

Puxado pelo segmento de transportes, o setor de serviços fechou o primeiro semestre com alta de 8,8%. Na passagem de maio para junho, avançou 0,7%. É o que apontam os dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (11). Com o resultado, o setor se encontra 7,5% acima do patamar pré-pandemia.

A atividade responde por cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo o principal empregador no país. Das três grandes áreas pela ótica da oferta do indicador, o setor de serviços foi o único que continuou a crescer em junho. A indústria caiu 0,4% no mês e fechou o primeiro semestre no vermelho, enquanto o varejo caiu 1,4%, embora tenha encerrado os primeiros seis meses do ano com alta de 1,4%.

Das cinco atividades investigadas, quatro registraram crescimento em junho. O segmento de transportes – com destaque para o dutoviário, rodoviário de cargas e coletivo de passageiros -, foi o que mais influenciou o resultado em junho: a alta foi de 0,6% no período.

“O setor foi beneficiado inicialmente pelo aumento do transporte de cargas, muito disso devido ao aumento observado nas vendas on-line durante a pandemia, gerando impacto na cadeia logística, e, posteriormente, a recuperação do transporte de passageiros ajudou a impulsionar o setor”,

explica Luiz Almeida, analista da pesquisa.

Retomada dos eventos impulsiona atividade

A retomada dos eventos também impulsionaram o setor. Os serviços profissionais, administrativos e complementares registraram avanço de 0,7%, puxado pelo aumento das atividades relacionadas a organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções, além de atividades técnicas relacionadas à arquitetura e engenharia, serviços de engenharia e segurança privada.

Perspectivas

Economistas avaliam que o setor de serviços deve seguir sua trajetória de recuperação este ano, dado que foi o setor que mais sofreu ao longo da pandemia. Mas não estão no radar altas muito expressivas. Passados os efeitos mais duros da Covid-19, pesa sobre o setor o cenário macroeconômico que combina inflação, juros em alta e desemprego ainda elevado.

Depois de dar sinais de desaceleração ao final do primeiro semestre, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV IBRE subiu 2,2 pontos em julho, para 100,9 pontos, maior nível desde setembro de 2013 (101,5 pontos).

“O período eleitoral pode aumentar os níveis de incerteza econômica, mas as medidas de estímulo adotadas pelo governo recentemente devem manter a atividade do setor aquecida e resultar em um terceiro trimestre mais positivo do que inicialmente esperado”,

avaliou Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

*Com informações do IG

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