Os biomas Amazônia e Pampa são os que mais tiveram áreas queimadas de janeiro a julho de 2022, de acordo com dados do Map Biomas divulgado nesta quinta-feira (18).
Na Amazônia, o fogo atingiu uma área de 1.479.739 hectares, o que representa um aumento de 7%. No Pampa, o estrago alcançou um nível 3372% maior, totalizando 28.610 hectares queimados.
Esses dados fazem parte da nova versão da plataforma Monitor do Fogo, que mede a quantidade das áreas de vegetação destruídas pelo fogo.
Agora, a plataforma passará a fazer uso de imagens do satélite europeu Sentinel 2, que tem duas importantes características para esse tipo de mapeamento: passa a cada cinco dias sobre o mesmo ponto, aumentando a possibilidade de observação de queimadas e incêndios florestais, e tem resolução espacial de 10 metros.
Isso acrescenta cerca de 20% a mais na área queimada em relação aos dados do MapBiomas Fogo coleção 1, que traz o histórico de fogo anualmente desde 1985. Além disso, essa renovação permite que a partir de agora os dados sejam divulgados mensalmente.
“Este produto é o único nessa frequência e resolução a fornecer esses dados mensalmente, o que facilitará muito a prevenção e combate aos incêndios, indicando áreas onde o fogo tem se adensado”
, explica Ane Alencar, coordenadora do Monitor do Fogo do MapBiomas.
Mais dados
Os dados dos sete primeiros meses de 2022 mostram que três em cada quatro hectares queimados foram de vegetação nativa, sendo a maioria em campos naturais.
Metade das cicatrizes deixadas pelo fogo localiza-se no bioma Amazônia, onde 16% da área queimada correspondem a incêndios florestais, ou seja, áreas de floresta que não deveriam queimar.
O Mato Grosso é o estado com mais áreas destruídas nos sete primeiros meses de 2022 (771.827 hectares), seguido por Tocantins (593.888 hectares) e Roraima (529.404 hectares). Esses três estados representaram 64% da área queimada no período.
Biomas afetados
No Cerrado, a área atingida pelo fogo (1.250.373 hectares) foi 9% menor que no mesmo período do ano passado, porém 5% acima do registrado em 2019 e 39% maior que em 2020.
O mesmo padrão foi identificado na Mata Atlântica, onde houve uma queda de 16% em relação a 2021 (ou 14.281 hectares), porém com um crescimento de 11% em relação a 2019 e 8% na comparação com 2020.
O Pantanal, por sua vez, apresentou a menor área queimada nos últimos quatro anos (75.999 hectares), com 19% de redução de 2022 para 2021 em relação ao período de janeiro a julho.
Dentro os tipos de uso agropecuário das áreas alvos do fogo, as pastagens se destacaram com 14% da área queimada nos sete primeiros meses de 2022.
Monitor do Fogo
O diferencial dessa plataforma é que ela avalia as cicatrizes do fogo, e não os focos de calor, que contribuem para o combate das queimadas, mas não permitem avaliar a área afetada.
O Monitor de Fogo, por sua vez, revela em tempo quase real (diferença de um mês) a localização e extensão das áreas queimadas, facilitando assim a contabilidade dos focos de destruição realizada pela plataforma do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
*Com informações do Metrópoles
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