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Seca no Amazonas

Seca dos rios causa atenção em 11 municípios do Amazonas, diz Defesa Civil

Atualmente, estão em situação de atenção 11 localidades em quatro calhas nas quais já teve início o processo de vazante.

Seca nos rios do Amazonas
Vazante deixa municípios do Amazonas em estado de atenção - Foto: Agência Brasil

Manaus (AM) – A Defesa Civil do Amazonas, por meio do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa) e da gerência regional, informa que 11 municípios, situados em calhas de rios em processo de vazante, estão em situação de atenção e estão sendo acompanhados. O órgão realiza o acompanhamento diário dos municípios que compõem as nove calhas do estado.

Atualmente, estão em situação de atenção 11 localidades em quatro calhas nas quais já teve início o processo de vazante. São eles: Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Eirunepé, Carauari e Juruá, na Calha do Juruá; Lábrea e Boca do Acre, na Calha do Purus; Humaitá, na Calha do Madeira; e Tabatinga, na Calha do Alto Solimões.

Bacia do Juruá

A região se encontra em processo de vazante, apresentando redução no nível do rio nos últimos dias. A estação de referência, localizada em Itamarati (a 985 quilômetros de Manaus), registrou na data de hoje (31/08) o nível de 7,48m, com baixa de 0,07m. No dia 30 de agosto de 1998, ano da maior vazante no município, foi registrado o nível de 5,94m (1,54m abaixo da cota atual).

A maior vazante registrada no rio Juruá, tendo como referência o município de Itamarati, deu-se no dia 11 de outubro de 1998, atingindo a cota de 5,14m. Atualmente faltam 2,34m para se atingir a referida cota, enquadrando a região no Status de Atenção.

Bacia do Purus

O nível do rio em Rio Branco (AC) está em processo de vazante. Na estação de referência para a região da calha do Purus no Amazonas, localizada em Lábrea (a 702 quilômetros da capital), não houve registro na data de hoje. No dia 30 de agosto de 1937, ano da maior vazante no município, registrou o nível de 1,35m.

A maior vazante registrada em Lábrea se deu no dia 17 de outubro de 1937, atingindo a cota de 0,45m. Com a diferença de 4,17m para a cota atual, a região se enquadra no Status de Atenção.

Já na jusante da calha, no município de Beruri (distante 173 quilômetros de Manaus), a cota do rio está em processo de vazante, tendo registrado na data de hoje o nível de 17,73m (redução de 0,11 m). No dia 30 de agosto de 2010, ano da maior vazante no município, o nível registrado foi de 12,13m (5,60m abaixo da cota atual).

Bacia do Madeira

O rio Madeira se encontra em processo de vazante, apresentando redução no nível do rio nos últimos dias à montante da calha. A estação que monitora a região à montante, em Humaitá (a 590 quilômetros da capital), registrou na data de hoje o nível de 11m (redução de 0,02m). No dia 30 de agosto de 1969, ano da maior vazante no município, foi registrado o nível de 8,96m (2,04m abaixo da cota atual).

A maior vazante registrada em Humaitá ocorreu no dia 1º de outubro de 1969, atingindo a cota de 8,33m. Faltando 2,67m para atingir a referida cota, a região se enquadra no Status de Atenção.

Alto Solimões

A região se encontra em processo de vazante, conforme esperado para o atual período do ano. A estação que monitora a região, em Tabatinga (distante 1.108 quilômetros da capital), registrou na data de hoje o nível de 3,58m (manteve-se parado). No dia 30 de agosto de 1999, ano da maior vazante no município, o nível registrado foi de 0,42m (3,16m abaixo da cota atual).

A maior vazante registrada em Tabatinga ocorreu no dia 11 de outubro de 2010, atingindo a cota de -0,86m. Faltando 4,44m para atingir a referida cota, a região foi enquadrada em estado de atenção.

O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma) emitiu alerta aos seus associados sobre as condições de navegabilidade nos rios do estado com o início da temporada de vazante.

Segundo o Sindarma, o principal problema na temporada da vazante é o aumento dos riscos de embarcações encalhar em bancos de areia, pedras e troncos de árvores que surgem com maior frequência nestes meses.

“No verão amazônico o perigo é redobrado e orientamos os transportadores para manter os treinamentos de sua tripulação, a manutenção e o perfeito funcionamento de seus equipamentos de monitoramento, ambos indispensáveis para a segurança e a continuidade das operações”, destacou o vice-presidente do sindicato, Madson Nóbrega.

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