De acordo com a pesquisa “Radiografia da Infidelidade e Infiéis no Brasil 2022”, que conseguiu os dados por meio do aplicativo Gleeden, 8 a cada 10 brasileiros já traíram.
O levantamento aponta que os homens são os mais infiéis, somando 91%. As mulheres estão logo atrás, com 88%. Outro dado curioso diz respeito à localização de quem trai. São Paulo é o estado com mais infiéis, seguido de Rio de Janeiro e Brasília.
O que define uma traição?
A traição é identificada por atos que excedem o que já foi previamente combinado entre o casal. Numa investigação conjugal, atos como beijos, afagos ou relações sexuais com terceiros demonstram que uma pessoa está sendo infiel. No entanto, existem outras atitudes que comprovam o erro. A seguir, veja alguns exemplos:
- Intimidade sem sexo;
- Falta de comprometimento;
- Complô contra o parceiro (a);
- Mentira;
- Frieza;
- Falta de atração sexual;
- Não cumprimento de promessas;
- Desrespeito;
- Egoísmo;
- Injustiça.
Vale lembrar que, pela lei, o adultério não é mais um crime – tal como era em 1940, onde a pena variava entre 15 dias e 06 meses de prisão – mas é algo passível de indenização, desde que comprovado sofrimento, angústia e humilhação pelo ato. Cabe destacar que a ideia de traição também mudou ao longo das últimas décadas, por conta de novas formas de relacionamento, o surgimento e popularização da internet e até mesmo por descobertas científicas.
Tanto para homens como para mulheres, a quebra de votos de fidelidade possui forte ligação com a insatisfação com o relacionamento ou com o parceiro. Além disso, a busca de aventura também motiva a traição por uma outra pessoa. Por outro lado, entre elas, a atração por outra pessoa contribui para a infidelidade.
Infidelidade crônica: mitos e verdades
Diferentemente da traição por desinteresse ou desonestidade, a infidelidade crônica é considerada um problema psicológico. Em outras palavras, esse tipo de pessoa é uma traidora compulsiva, ela sofre de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e, portanto, não consegue controlar a vontade de trair.
Geralmente, a infidelidade crônica tem associação com outras compulsões, como sexual, por mentiras e sedução. Traços da personalidade, questões emocionais, traumas e excesso de vaidade também são causas da traição compulsiva.
Em suma, o problema é sério e pode causar danos para as duas partes da relação, principalmente para quem for traído. A única solução é procurar ajuda médica para realizar o tratamento adequado.
Ninfomania: problema psíquico ou falta de caráter?
De acordo com informações da Classificação Internacional de Doenças(CID), da Organização Mundial de Saúde (OMS), a ninfomania é uma compulsão pelo ato, levando até a masturbações excessivas e a ter diversos parceiros íntimos, mas não está relacionada à produção de hormônios sexuais.
O problema é de difícil diagnóstico, tanto que a doença não está catalogada no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria (APA) e precisa de uma avaliação de um médico psiquiatra.
Atualmente, a condição é chamada de hipersexualidade, vicio em sexo ou até mesmo de comportamento sexual compulsivo. E o distúrbio também atinge homens. No caso deles, a ninfomania se chama satiríase. Independente do gênero, o paciente não consegue controlar o seu impulso por relações sexuais.
Consequências no relacionamento
Muitas vezes, somente as relações sexuais dentro do namoro ou casamento não satisfazem o paciente com ninfomania. A saída mais escolhida é procurar outros parceiros sexuais, caracterizando traição.
Portanto, a principal consequência da ninfomania em um relacionamento é a infidelidade. Ter um caso extraconjugal, seja com uma pessoa fixa ou não, faz com que o casal perca a confiança um no outro, não acredite nas mentiras contadas. Por isso o tratamento é a melhor alternativa para que nenhuma das partes envolvidas seja prejudicada.
Causas da ninfomania
Como dito anteriormente, a ninfomania não possui uma causa clara e concreta. Pelo contrário, cada caso possui suas particularidades e, como resultado, deve ser tratado individualmente. Porém, graças a estudos e pesquisas é possível identificar situações e comportamentos associados à ninfomania.
O hipotiroidismo, caracterizado pela hiperatividade da glândula tireóide, pode ter ligação com o desejo sexual excessivo. Além disso, o uso de medicamentos para Parkinson incita comportamentos compulsivos, como é o caso da ninfomania.
Desequilíbrio nos níveis de dopamina, serotonina e norepinefrina, três substâncias químicas naturais presentes no cérebro, também possuem conexão com a hipersexualidade. A dopamina, por sua vez, tem a função de regular o humor e o estresse. Se os níveis estiverem acima do normal, podem trazer problemas ao paciente.
A ninfomania pelos olhos de quem convive
No ano de 2013, a revista Marie Claire publicou o relato de uma mulher que convive com a ninfomania. Ela expôs diversos empecilhos causados por seu desejo sexual insaciável. Além de problemas fisiológicos, a mulher contou que a ninfomania prejudicou relacionamentos e até mesmo seu desempenho no trabalho. Na sequência, veja trechos do relato.
“Era um desejo compulsivo, e era impossível me concentrar em qualquer coisa. Ao final do terceiro mês, eu comecei a ter um forte mal-estar físico, sentia ondas de calor, tinha vontade de urinar, mas não saía nada quando eu ia ao banheiro, minha cabeça doía muito. Já nem percebia que era tudo culpa de um absurdo tesão reprimido. A situação foi piorando até o ponto em que eu não conseguia mais dormir. Virava para um lado, para o outro, faltava alguma coisa e eu não fechava os olhos”.
*Com informações da assessoria
Edição Web: Bruna Oliveira
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Parecem um pouco exagerados índices acima apontados. Também acho que esse fato, ainda que possa ser verdadeira, não contribui com a família e com uma sociedade mais sensata e que vive em paz. De sorte que deveria constar na matértia algum referência da importância de uma família bem unida, fiel e que vive em paz pela confiança reciproca do casal servindo de exemplo para os demais. Estas famílias existem.