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Casa da Andrea do Amazonas

Casa que abriga idosos com Hanseníase sufoca por falta de verba em Manaus

A instituição passa por dificuldades financeiras que prejudicam o funcionamento do local e a vida dos acolhidos. Interessados podem ajudar por pix, através do CNPJ da instituição

A casa funciona há mais de 40 anos no bairro Coroado II, Zona Leste de Manaus - Foto: Patrícia Dione

Manaus (AM) – Fundada em 1977, a Casa da Andrea do Amazonas, localizada no bairro Coroado 2, rua Brasil, nº 40, Zona Leste de Manaus, surgiu para ajudar e dar acolhimento aos idosos diagnosticados com hanseníase, tanto da capital quanto os oriundos do interior. Atualmente, a instituição passa por dificuldades financeiras que prejudicam o funcionamento do local e a vida dos acolhidos. Doações podem ser feitas por pix, através do CNPJ da instituição: 04494027000139.

Há mais de 40 anos, um ex-deputado, conhecido como Paraíba, abriu a Casa da Andrea do Amazonas. Durante esses anos, muitos presidentes passaram pela instituição. O atual gestor é Newton Dione, que atua no local desde 2015, quando a Casa passou por um período sem receber verbas e quase fechou.

Antes de assumir a presidência, Newton também já foi morador da Casa para fazer o tratamento contra a hanseníase. Atualmente, o presidente, além de sua filha Patrícia Monteiro e outros poucos profissionais, trabalha no local e oferece suporte para dez idosos. O auxílio vai de moradia até refeições diárias e assistência médica por meio de uma técnica de enfermagem. Os idosos também recebem tratamento do Hospital Alfredo da Matta.

Problemas financeiros  

Segundo Patrícia, que executa atividades administrativas, o número reduzido da equipe, que conta com uma técnica de enfermagem, duas cozinheiras e mais cinco pessoas da administração e gerência, é consequência dos problemas financeiros que a casa enfrenta nos últimos anos, que se tornou ainda mais grave após um dos patrocinadores parar de entregar as doações.

“O patrocinador todo o ano seleciona algumas instituições e passa a ajudar. Ele passou o ano de 2021 ajudando a Casa da Andrea e disse que em 2022 ele ajudaria outras casas. Meu pai perguntou se ele poderia ajudar até o meio deste ano e ele disse que não, porque precisaria ajudar uma nova instituição”,

explica Patrícia.

A perda de um dos patrocinadores tornou ainda mais penoso o pagamento dos gastos, principalmente as contas de água e de gás. O pouco recurso que a instituição arrecada vem da doação de pessoas sensibilizadas com a situação da Casa, do Serviço social de Indústria (Sesi), que doa R$ 1.000 mensais, e da taxa que os idosos abrigados contribuem.

“O gás acaba em uma semana porque o fogão é do tipo industrial, então a botija de gás é R$ 110 e tem que comprar gás toda a semana. A situação está bem difícil porque os idosos pagam apenas uma taxa de R$ 200, sendo que nem todos têm a condição de pagar. Então é bem complicado, porque se a instituição fechar, eles não têm para onde ir”,

diz Patrícia.

De acordo com a Patrícia, muitos idosos dependem diretamente da instituição, seja porque não têm contato dos familiares ou por possuírem outras doenças, além da hanseníase. Porém, a cada dia, fica mais complicado pagar pelos serviços mais básicos.

“Meu pai está querendo ajudar mais idosos, porque a procura é muito grande, mas como a casa está sem cuidadores e funcionários fica muito difícil. Não tem como a gente abrigar mais idosos porque não estamos dando conta nem dos que estão lá”, desabafa a administradora da casa, que torce por dias melhores para todos os idosos abrigados.

Edição: Leonardo Sena

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