Enquanto os candidatos à Presidência da República discutem motociatas e a existência ou não de Ratanabá, a crise climática se agrava perigosamente no Brasil e no mundo.
O problema pode atingir proporções absurdas com o vazamento de petróleo do oleoduto Norperuano, ocorrido na região de Loredo, no Peru, o que levou o governo do país vizinho a decretar emergência ambiental por 90 dias tal a magnitude do desastre.
“O objetivo é garantir a gestão sustentável dos territórios afetados, realizando os correspondentes trabalhos de recuperação e remediação para mitigar a contaminação ambiental”, manifestou o governo peruano em nota.
O governo destaca a preocupação com a saúde dos habitantes locais e com a preservação dos recursos naturais da região onde a pesca artesanal é praticada de forma intensa.
A nota também registra que o derramamento de petróleo cru “constitui um evento súbito com impacto significativo no ecossistema do rio Amazonas”, o que por si só traduz as consequências negativas para a saúde na área.
Conforme a Agência de Avaliação e Fiscalização Ambiental do Peru, foram afetados “848.400 m² de corpo d’água (compreendendo 33.600 m² do canal de flotação), 600 m² de um córrego sem nome, 154.200 m² do córrego Cuninico e 660.000 m² da margem esquerda do rio Marañón.
Como se sabe, Marañón é o nome espanhol do Rio Amazonas, que pode ser seriamente contaminado. Ontem esperava-se uma intervenção urgente do governo brasileiro acerca do episódio, mas não houve sequer a divulgação de uma nota por parte do Ministério do Meio Ambiente ou por qualquer dos presidenciáveis, talvez por negligência ou porque o Brasil está mesmo de costas para a crise climática.
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