Manaus (AM) – A cada 10 jovens com infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês), três abandonaram o tratamento contra o vírus causador da Aids, o que corresponde a 39% da população entre 18 e 24 anos infectada. Os dados são do Ministério Da Saúde e foram divulgados em 2017.
Com quatro anos de existência, o grupo Solidariedade e Ação/Qualiaids, da Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), resgata esses pacientes em abandono de tratamento para HIV e acolhe os familiares. Atualmente, o grupo conta com a ajuda de oito servidores voluntários.
Com reuniões realizadas a cada 15 dias, o grupo é aberto para qualquer paciente soropositivo e seus familiares. Além do objetivo de resgatar pacientes que não estão em tratamento, o grupo também promove a humanização do atendimento, com acolhimento e troca de experiências. As reuniões são sempre acompanhadas de profissionais de diversas áreas, além de promover palestras sobre assuntos variados.
Com a formação de uma comissão para realizar atividades e com objetivos de melhorias nos atendimentos ambulatorial para pessoas que vivem com HIV, a FMT-HVD, referência no Sistema Único de Saúde (SUS) em Doenças Infectoparasitárias e Tropicais, acidentes ofídicos e Dermatologia Tropical, conta com o grupo Solidariedade e Ação, que faz parte do Qualiaids, para promover a adesão desses pacientes para o tratamento do vírus.
O início do tratamento com medicamentos antirretrovirais é um dos momentos mais difíceis para o soropositivo, pois uma nova rotina deve ser incorporada na sua vida e os remédios podem lembrá-lo a cada momento da doença.
Uma das coordenadoras do grupo, a psicóloga Salete Fernandes ressaltou que os pacientes soropositivos têm a necessidade de tomar os remédios corretamente, mesmo com possíveis problemas de horário e efeitos colaterais. E a adesão é um dos maiores desafios para os pacientes. Por isso, os profissionais da saúde da FMT-HVD promoveram a criação do grupo.
“Nesses quatro anos de grupo, percebemos que contribuiu para aumentar a adesão do tratamento do HIV, inclusive, tiveram depoimentos de um participante, que está com a gente desde o início, sobre uma das angústias dele, de não realizar o sonho de ficar com a carga viral indetectável. E ele conseguiu após a adesão”,
disse a psicóloga.
A psicóloga lembra que a adesão ao tratamento não é apenas a ingestão de medicamentos, é multifatorial. O grupo também vem ao encontro desses outros fatores, principalmente, envolvendo os emocionais. Além disso, também promove o trabalho de acolhimento, palestras, dinâmica de grupo e roda de conversa voltada para os pacientes soropositivos.
“A nossa ajuda funciona com o acolhimento, dentro do possível, resolvendo as demandas apresentadas pelos participantes do grupo. Era um sonho realizar trabalho de grupo de acolhimento e adesão para pessoas que vivem com HIV na Fundação de Medicina Tropical, pois somos o primeiro grupo conduzido por profissionais efetivos da Fundação. Fazemos trabalho de acolhimento, que trabalhamos com a regulação emocional e psicoeducação com esses participantes do grupo”, .
destacou.
A psicóloga pontua o momento da pandemia como o mais difícil para o trabalho exercido pelo grupo.
“Tivemos que interromper as atividades, pois nossos pacientes são vulneráveis, e foi o momento mais difícil. Na pandemia, com a paralisação das atividades do grupo, nós ligávamos para os participantes do grupo que tínhamos o número do telefone, para poder realizar algumas das nossas atividades”,
ressaltou.
Qualquer pessoa soropositiva e seus familiares podem participar das reuniões, que ocorrem às 9h da manhã, a cada 15 dias, no ambulatório da FMT-HVD. Para acessar os dias de reunião, basta entrar em contato com o setor de psicologia da FMT-HVD ou a Ouvidoria.
Sobre o grupo
O grupo Solidariedade e Ação/Qualiaids é o primeiro grupo de acolhimento de pessoas com Aids com uma equipe multiprofissional da FMT-HVD, nos 47 anos de história.
O grupo conta com apoio de psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais para o acolhimento dos pacientes. O objetivo é facilitar a adesão ao tratamento HIV, este sendo o grande desafio.
O símbolo do grupo é a fotos dos pés reunidos, que significa que os profissionais da FMT-HVD e os pacientes caminham juntos.
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Eu ainda não consigo lhe dá com a situação, descobrir em 2016 tentei o suicídio. Faço tto com psiquiatra e até hj tomo antidepressivos.
N consigo aceitar.. eu acho vou pirar.. so Deus e o tempo.. b sorte p você.
OI LUCIA, ESTOU NA MESMA SITUAÇÃO, DEPRESSIVO, NÃO CONSIGO LIDAR COM NINGUÉM MEU CASAMENTO ACABOU,NÃO SEI OQ FAÇO