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Eleições 2022

Lula afirma: “Bolsonaro vai ter que colocar a faixa no meu pescoço”

Candidato está em campanha por várias capitais do Nordeste nesta semana. Questionado, ele disse que o destino do mandatário "está traçado"

Recife (PE) – O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se mostrou otimista com o resultado do segundo turno, e defendeu que caberá a Jair Bolsonaro (PL) colocar a faixa no adversário em janeiro. Em coletiva de imprensa em Recife (PE), nesta sexta-feira (14), o petista disse que o destino de seu concorrente “está traçado”.

“Vamos ganhar dele. Você sabe, como nordestino, o que ele está tentando fazer com esse dinheiro do orçamento secreto. Mas ele pode fazer o que quiser, porque o destino dele está traçado. Ele vai ter que ter humildade e, no dia 1º de janeiro, colocar a faixa no meu pescoço”,

afirmou.

O candidato está na capital pernambucana para um ato de campanha. Pela manhã, Lula atendeu a jornalistas e, por volta das 12h, seguiu para uma caminhada com saída no Parque Treze de Maio, acompanhado da candidata ao governo do estado Marília Arraes (Solidariedade).

Antes de encerrar o momento de conversa com a imprensa, Lula voltou a criticar o que chamou de uso da máquina pública para conquistar votos: “Nunca, na história deste país, um presidente do Brasil usou tanto a máquina para tentar ganhar as eleições. Ele não governa mais, ele só viaja em campanha”.

O candidato também aproveitou a ocasião e garantiu que a primeira coisa que pretende fazer, “quando tomar posse”, é reunir os 27 governadores e respectivos prefeitos para discutir obras de infraestrutura voltadas para os estados. Na manhã de quinta-feira (13/10), Lula se comprometeu a manter um governo harmonioso com os titulares das unidades federativas.

Disputa pelo Nordeste

O petista repetiu o protocolo que seguiu durante os atos em capitais nordestinas ao longo da semana, e citou números de investimentos e obras feitas durante o governo dele na região. Em especial, o ex-presidente falou sobre as obras de transposição do Rio São Francisco, as quais defendeu ter “orgulho” de ter iniciado.

“Ninguém sabe me dizer uma obra que Bolsonaro fez, porque ele mente. Muitas vezes, ele pegou uma obra que ficou do governo da Dilma, obras que faltavam 5% para terminar, ele termina e diz que foi ele, como as águas do Rio São Francisco. Ele tem a cara de pau de dizer que foi ele que fez as obras do Rio São Francisco. Tem até publicidade, conversando com a mulher nordestina”, ironizou.

A maior obra de infraestrutura hídrica do país começou ainda em 2008, no governo Lula, e foi concluída em fevereiro de 2022, após quase 15 anos. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), 76,06% foram finalizados entre 2008 e 2018; e 23,94%, no atual governo, entre 2019 e 2021.

*Com informações do Metrópoles

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