×
estupro coletivo

Forçadas a andar nuas na rua e estupradas por vários homens: vídeo causa revolta na Índia

A polícia diz que abriu um inquérito de estupro coletivo e prendeu um homem, acrescentando que outros serão detidos em breve

Índia – Um vídeo mostrando duas mulheres desfilando nuas em meio a uma multidão no Estado de Manipur, no nordeste do país, provocou indignação na Índia. As informações são do site BBC Brasil.

A polícia diz que abriu um inquérito de estupro coletivo e prendeu um homem, acrescentando que outros serão detidos em breve.

Na quinta-feira (20), a sessão do parlamento em Délhi foi interrompida porque os legisladores exigiram um debate sobre o assunto.

O primeiro-ministro Narendra Modi também disse que o incidente “envergonhou a Índia” e que “nenhum culpado será poupado”.

“Garanto à nação que a lei seguirá seu curso com todas as suas forças. O que aconteceu com as filhas de Manipur nunca pode ser perdoado”,

disse ele.

O pronunciamento de Modi quebra um silêncio do premiê, que ainda não havia falado sobre a violência étnica em Manipur, que já dura dois meses.

O chefe de justiça da Índia, DY Chandrachud, também expressou preocupação com o ataque, dizendo que a Suprema Corte estava “profundamente perturbada com o vídeo”.

O tribunal exigiu que o governo informasse quais medidas estão sendo tomadas contra o acusado. O presidente do tribunal disse: “Tomaremos medidas se o governo não o fizer”.

A violência étnica mergulhou Manipur — um belo Estado indiano na fronteira com Mianmar — em turbulência há mais de dois meses, com confrontos entre membros das comunidades tribais Meitei e Kuki. Pelo menos 130 pessoas morreram e 60 mil foram deslocadas.

No vídeo, duas mulheres Kukis aparecem sendo agredidas por homens do grupo Meitei.

A polícia diz que o ataque às mulheres ocorreu em 4 de maio, mas ganhou as manchetes nacionais na quinta-feira (20), depois que o vídeo se tornou viral nas redes sociais. O governo federal pediu a todas as empresas de mídia social que excluam o vídeo de suas plataformas.

O vídeo das duas mulheres foi amplamente compartilhado nas redes sociais na quarta-feira. Ele mostra as mulheres sendo arrastadas e apalpadas por uma multidão de homens que os empurram para um campo.

O Fórum de Líderes Tribais Indígenas (ITLF) disse em um comunicado que atrocidades foram cometidas em uma aldeia no distrito de Kangpokpi contra mulheres da comunidade tribal Kuki-Zo. Ele também alegou que as mulheres haviam sido estupradas por uma gangue.

“O estupro coletivo das mulheres aconteceu depois que a vila foi incendiada e dois homens — um de meia-idade e outro adolescente — foram espancados até a morte pela multidão”,

disse o ITLF.

Mas a queixa policial apresentada por um parente de uma das mulheres disse que apenas uma delas foi estuprada por uma gangue. E acrescentou que uma terceira mulher foi forçada a se despir, mas ela não aparece no vídeo.

A polícia disse que o incidente ocorreu em 4 de maio e que um incidente de sequestro, estupro coletivo e assassinato foi registrado no distrito de Thoubal.

O ataque foi condenado por políticos de todo o espectro.

O ministro federal Smriti Irani chamou o ato de “totalmente desumano”.

Vários líderes da oposição também criticaram o governo do Partido Bharatiya Janata por não fazer o suficiente para conter a violência no Estado.

A líder do partido do Congresso, Priyanka Gandhi Vadhra, disse que “as imagens de violência sexual contra mulheres de Manipur são de partir o coração”.

O ministro-chefe de Délhi, Arvind Kejriwal, também falou. “Esse tipo de ato hediondo não pode ser tolerado na sociedade indiana”, disse ele.

Leia mais:

Contrabando de pessoas: Indiano é levado de volta para casa após chegar ao Amazonas em março

Mulher luta contra tigre para salvar filho de ataque na Índia

Vídeo: na Índia, noivo assina contrato de obrigações para fazer a noiva feliz

Para ficar por dentro de outras notícias e receber conteúdo exclusivo do portal EM TEMPO, acesse nosso canal no WhatsAppClique aqui e junte-se a nós! 🚀📱

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *