Manaus (AM) – Apontado como o principal benefício de interesse do colaborador, o plano de saúde desafia as empresas, principalmente, após a pandemia de covid-19. A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), por meio da Coordenadoria de Relações do Trabalho e Emprego, promoveu na última sexta-feira o workshop “Gestão de Sinistralidade do Plano de Saúde Corporativo” para estudar soluções para que o benefício não seja tão oneroso para as empresas, em especial as do Polo Industrial de Manaus (PIM).
“É uma grande oportunidade para desenvolver soluções efetivas e inovadoras para a gestão da sinistralidade dos planos de saúde corporativos”,
disse o vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, ao abrir o encontro.
De acordo com o gerente de Recursos Humanos da Moto Honda e diretor-adjunto da Fieam, José Wilson Costa, um dos principais benefícios buscados pelo empregado é o plano de saúde.
“É o benefício mais caro para as empresas, por conta do alto custo, 70% dos negócios redesenharam o benefício saúde no último ano”, disse.
Em pesquisa feita pela MercerMarsh Benefícios, a estrutura do pacote de benefícios tem como carro chefe benefícios relacionados à saúde, vida, bem-estar e benefícios inclusivos, onde o mais importante é a assistência médica, com 98%, seguido de seguro de vida e assistência odontológica, com 93%, puxando os benefícios que mais atraem os trabalhadores.
O plano de saúde é o benefício mais caro para as empresas e para evitar a sinistralidade, empresas como a Moto Honda da Amazônia, considerada a mais completa em termos de cuidado com o colaborador, realiza iniciativas em saúde focadas em diminuir a depressão, doenças do coração e obesidade. Segundo a gerente de RH, Silvane Valente, a Moto Honda atua na saúde em quatro esferas: saúde social, saúde mental, saúde financeira e saúde física.
A Moto Honda da Amazônia adotou diversos programas que atuam diretamente na saúde biopsicossocial de todos, como saúde ocupacional, saúde assistencial, programa fisioterapia, programa qualidade de vida e programa saúde mental, além dos programas específicos, ainda conta com uma estrutura ambulatorial e de emergência completa para atendimento ao colaborador.
Um dos problemas que oneram hoje os planos de saúde é a saúde mental. Segundo Marcela Viana, da DD&L, o consumo de psicoterapia no Brasil, mais que dobrou nos últimos cinco anos, 33,5% dos brasileiros, ou seja, um a cada três pessoas relata possuir sintomas relacionados a transtornos mentais, 53% declaram que sua saúde mental piorou nos últimos três anos e estima-se que anualmente ocorrem mais de 70 milhões de consultas de psicoterapia por ano no Brasil, segundo Viana.
Para Viana, é importante o RH estar alinhado com a liderança e o time de saúde, para acompanhar diretamente o que os colaboradores estão passando, para que haja um trabalho preventivo. O que aumenta muito os valores do plano de saúde é a urgência, logo, prevenir não vai finalizar com os sinistros, mas vai reduzir e muito os casos.
A gerente de Saúde, Segurança na Indústria (SSI) do SESI Amazonas, Nelsi Lunière, assinalou que as principais causas de mortalidade precoce e morbidade são as doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, diabete, câncer e doenças pulmonares crônicas. Estas condições estão associadas a alguns fatores de risco, como sedentarismo, alimentação inadequada, uso abusivo de álcool e tabagismo. No Brasil, a atividade física e a alimentação saudável são questões estratégicas, considerando-se as taxas crescentes de excesso de peso e obesidade.
Destacou também a importância dos cuidados bucais para uma vida saudável, pois a saúde bucal faz parte dos cuidados integrais e sempre deve ser considerada nos programas. “Naturalmente, é importante que não seja restrito o acesso aos cuidados relacionados às correções das morbidades odontológicas e processos restaurativos”, ponderou.
Segundo estudos do SESI, os principais indicadores de saúde e segurança que impactam na redução da produtividade são: estilo de vida, condições do ambiente de trabalho e depressão. Investir na saúde mental de trabalhadores de organizações traz retorno financeiro. A cada 1 dólar investido em programas de saúde mental o retorno é de 6,55 dólares, segundo estudo.
Como medidas para reduzir custos, Luniére pontuou algumas ações como, conhecer a saúde da sua população trabalhadora, pôr o indivíduo no centro do cuidado, com acesso à informação e atendimento, realizar avaliações periódicas ocupacionais, abrangendo exames de qualidade de vida (primeira coisa que as empresas querem retirar na grade do PCMSO), ações educativas e de conscientização sobre riscos da obesidade e a importância da adoção de hábitos saudáveis.
Participaram do evento representantes de empresas como TV Lar, Fogás, Panasonic, Yamaha, SD&L, BDS, Calcomp, Digitron, TPV, entre outras.
*Com informações da assessoria
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