A comunicação não-violenta é uma abordagem comunicacional preconizada por Marshall Rosenberg, psicólogo americano que desenvolveu a comunicação não-violenta para resolver conflitos, baseado nos métodos de terapia de Carl Rogers, com quem trabalhou junto. O autor realizou vários workshops em inúmeras regiões diferentes para ensinar as pessoas a resolverem conflitos de maneira rápida e sem usar a violência.
A ideia é que a comunicação não-violenta possibilite uma conexão com o outro e a nós mesmos, favorecendo o florescimento da compaixão. Ela nos orienta para a necessidade de nos expressarmos e escutarmos os outros e levando em consideração quatro aspectos: o que observamos, o sentimos, do que necessitamos e o que pedimos. A tão propagada ideia de escuta ativa constitui um de seus princípios para fomentar o respeito entre as partes envolvidas
A abordagem da comunicação não-violenta é aplicável a todos os tipos de relacionamentos e mais variadas situações. Seu primeiro principio requer a substituição do julgamento pela observação, como no exemplo a seguir:
Nunca vi um homem preguiçoso; já vi um homem que nuca corria enquanto eu o observava, e já vi um homem que às vezes dormia entre o almoço e o jantar, e ficava em casa em dia de chuva mas ele não era preguiçoso. Antes que você me chame de louca, pense: ele era preguiçoso ou apenas fazia coisas que rotulamos de “preguiçosos”?
Outro elemento é expressarmos como nos sentimos, como no caso a seguir: “quando você não me cumprimenta, sinto-me negligenciado”. Veja que neste caso eu dou ciência ao meu interlocutor do quanto sua atitude me agride, ao invés de simplesmente dizer: deixe de ser mal educado e me cumprimente”. O terceiro fator da comunicação não-violenta é assumir a responsabilidade por nossos sentimentos ao reconhecermos nossas próprias necessidades, desejos e expectativas. Observe a diferença:
“Você me desapontou ao não aparecer na noite passada”.
“Fiquei desapontada quando você não apareceu porque eu queria conversar a respeito de algumas coisas que estavam me incomodando”.
Na primeira expressão a parte atribui a responsabilidade pelo desapontamento somente à atitude da outra pessoa. Na segunda, o sentimento de desapontamento é reconhecido no desejo da própria pessoa que fala,o qual não está sendo atendido.
Pedir ao invés de dar ordens é o último aspecto norteador de uma abordagem não-violenta. Existe grande diferença entre pedir e dar ordens. O primeiro possui uma linguagem positiva, o segundo possui uma linguagem que estimula conflitos. Dizer “eu preciso que você cumpra o horário de trabalho pois os seus atrasos tem prejudicado a equipe” soa diferente de dizer “você está proibido de cometer outros atrasos”.
Por Joziane Mendes – Coordenadora e Docente Universitária na FAMETRO. Administradora. Especialista em Gestão de Pessoas. Mentora, palestrante e escritora com expertise em comunicação interpessoal, conflitos, oratória e carreira
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