Manaus (AM) — A pesquisa “Indicadores Imobiliários do Amazonas”, conduzida pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas (Ademi-AM), revelou um crescimento significativo no mercado imobiliário do Estado. Em 2023, as vendas de imóveis novos atingiram um valor superior a R$ 1,9 bilhão, representando um aumento de mais de 18% em relação ao ano anterior.
Destacando-se como o melhor ano da série histórica, o quarto trimestre de 2023 registrou um valor expressivo de R$ 450 milhões em vendas. Somando os resultados de todos os trimestres, o mercado imobiliário do Amazonas acumulou um montante de R$ 1,909 bilhão em vendas de imóveis novos ao longo do ano, ultrapassando um pouco mais a marca de R$ 2 bilhões em valor bruto.
Apesar da expectativa inicial da Ademi-AM para o ano de 2023 era manter o valor do ano anterior, em torno de R$ 1,6 bilhão, o mercado surpreendeu ao final do ano com um crescimento de 18%.
O ano de 2023 foi marcado por vários recordes de vendas, com todos os trimestres superando os resultados do ano anterior. No primeiro trimestre, as vendas atingiram R$ 421 milhões, aumentando para R$ 522 milhões no segundo trimestre. Apesar de uma leve queda no terceiro trimestre, com vendas de R$ 511 milhões, o resultado ainda foi superior ao mesmo período de 2022.
Em contrapartida, houve uma diminuição significativa no lançamento de empreendimentos, com 32 empreendimentos lançados em 2022 em comparação com 23 em 2023. Em números absolutos, isso se traduziu em 7.121 unidades lançadas em 2022 e 5.033 unidades em 2023, uma redução de 42%.
Os bairros que mais contribuíram para o mercado imobiliário em 2023 foram Ponta Negra, Tarumã, Parque Mosaico, Lago Azul, Da Paz e Parque Dez de Novembro, representando juntos 75,8% das unidades vendidas.
Sobre os produtos imobiliários vendidos, a pesquisa destaca que 40% foram de vendas de produtos econômicos, classificados no programa do Governo Federal, Minha Casa, Minha Vida, enquanto 60% foram de produtos convencionais.
O presidente da Ademi-AM, Henrique Medina, destaca que apesar do desempenho positivo, o setor ainda enfrenta desafios como licenciamento ambiental e custos associados, além de poucas empresas atuando no mercado imobiliário.
“Existem empreendimentos grandes que demoram entre 8 e 11 meses para ter o licenciamento ambiental. Esse prazo é muito longo e, certamente, se nós tivéssemos uma condição melhor, uma burocracia menor para aprovar esses projetos, conseguiríamos disponibilizar mais produtos e esse número atual seria bem maior”,
afirma Medina.
O crescimento contínuo e a resiliência do mercado imobiliário do Amazonas refletem a confiança dos consumidores e investidores no setor, apesar dos desafios econômicos e sociais. Este desempenho positivo em 2023 sinaliza um cenário promissor para o futuro do mercado imobiliário estadual.
*Com informações da assessoria
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