Manaus (AM) – Os dois irmãos que ficaram perdidos por quase um mês em uma área de mata em Manicoré foram homenageados, nesta segunda-feira (11), pelo Comando Militar da Amazônia (CMA).
Eles receberam a homenagem por ato de bravura e por sobreviverem sozinhos por tanto tempo na floresta. As crianças receberam um distintivo e o chapéu bandeirante no Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs).
Durante o evento, os irmãos indígenas da etnia Mura, Gleison Carvalho Ferreira, de 9 anos, e o Glauco Carvalho Ferreira, de 7 anos, moradores da Comunidade Indígena Palmeira, localizada no município de Manicoré (distante a 332 quilômetros de Manaus), ganharam o distintivo de Estágio de Adaptação à Selva, uma faixa que estampava a palavra “selva” e o chapéu bandeirante com o distintivo do centro de instrução.
Conforme o Coronel Fábio Pinheiro Lustosa, comandante do CMA, a ação reconhece as habilidades das duas crianças por sobreviverem em uma área que necessita de fortes habilidades como resistência e sobriedade.
Entre as habilidades identificadas pelo coronel nas escolhas de sobrevivência dos meninos, são listadas a busca por água, a construção de pequenos abrigos e a coleta de alimentos de origem vegetal.
A escolha para fornecer o chapéu aos meninos aconteceu em razão do adorno ser um símbolo do trabalho dos guerreiros da selva. Segundo o Coronel Fábio, entregar o chapéu é uma forma de dizer que as crianças são dignas de usar um símbolo tão importante para o órgão.
Relembre o caso
Os irmãos Glauco e Gleison ficaram desaparecidos desde o dia 18 de fevereiro, após saírem de casa para caçar passarinhos no município de Manicoré. Depois de 26 dias, foram encontrados em uma zona de mata, no dia 15 de março, por um homem que estava cortando madeira. As duas crianças foram encontradas com grave desnutrição e desidratação e foram encaminhadas para o Hospital e Pronto Socorro da Crianças, onde ficaram internadas por 20 dias.
Edição Web: Bruna Oliveira
Fotos: Divulgação
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Logo que resgataram os meninos Gleison Carvalho Ferreira, de 9 anos, e o Glauco Carvalho Ferreira, de 7 anos da floresta eu comentei em vários canais de mídia de Manaus que essas crianças mereciam uma homenagem de grande porte. Até sugeri que no mínimo algum órgão da imprensa local deveria fornecer algo do tipo diploma de honra ao mérito. O maiorzinho (Gleison) é o que merece o troféu porque ele não abandonou o irmãozinho (Glauco) para procurar ajuda nem depois que ele não conseguiu mais caminhar. Percebe-se claramente que ele decidiu que se tivessem que morrer morreriam juntos, e isso é o fantástico do episodio. E hoje eu vi na tv que o exercito captou minha sugestão e ofereceu as honrarias com troféus medalhas e diplomas com imaginei. Parabéns ao exercito pela iniciativa, os meninos merecem. Mas ainda falta cumprir uma promessa da minha parte. Sou escritor (informal) e prometi entrevistar os garotos para me inteirar da saga e obter matéria para escrever um livro para eles. E aquele que tiver interesse de promover pode participar com despesas de viagem e da tiragem gráfica. Estou disponível para receber contato, e sugestões
Os meninos na verdade são adaptados ao ambiente selvagem mas o fato de desfilarem com sucesso por entre as feras e serpentes e recorrerem aos frutos mais adequados para se alimentarem, e captar agua da chuva para matar a sede é oficio para os índios mais veteranos, não é mesmo? Partindo do pressuposto eles contaram com uma providencia imaterial e eu pretendo explicar isso no livro.
Wilson Britto