Base americana de Al-Udeid é alvo direto de ataque
O Irã lançou mísseis contra bases militares dos Estados Unidos no Qatar e no Iraque nesta segunda-feira (23), em uma ofensiva que aumenta a tensão no Oriente Médio. A base aérea de Al-Udeid, principal instalação americana na região, localizada próximo à capital Doha, foi um dos alvos do ataque.
De acordo com a imprensa internacional, ao menos dez mísseis foram disparados contra os dois países.
Explosões foram ouvidas nas proximidades da base no Qatar, e o espaço aéreo local chegou a ser temporariamente fechado. Até o momento, não há confirmação oficial sobre vítimas ou danos estruturais significativos.
Retaliação após operação americana
O ataque iraniano é uma resposta direta à operação militar conduzida pelos EUA, que bombardeou recentemente instalações nucleares em território iraniano. A ação dos Estados Unidos, denominada “Operation Midnight Hammer”, foi classificada por Teerã como um ato de agressão. Em retaliação, o Irã batizou sua ofensiva como “Glad Tidings of Victory”.
Segundo o canal Al Jazeera, os ataques atingiram simultaneamente diferentes pontos estratégicos de presença militar americana na região.
Importância estratégica da base de Al-Udeid
A base de Al-Udeid, no Qatar, abriga cerca de 10 mil militares americanos, considerada vital para as operações do Comando Central das Forças Armadas dos EUA (Centcom), usada no passado como plataforma para campanhas no Afeganistão, Iraque e Síria.
O alvo escolhido envia um sinal direto à presença militar americana no Golfo Pérsico, e especialistas temem uma escalada militar entre os dois países, com impacto direto na segurança regional e no comércio internacional de petróleo.
Reação dos EUA e cenário internacional
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos ainda não comentou oficialmente o ataque, mas fontes diplomáticas indicam que respostas estão sendo avaliadas. O alerta de segurança global, emitido pelos EUA na semana passada, já previa risco de ações coordenadas por parte de aliados do Irã.
A comunidade internacional acompanha com atenção os desdobramentos. Há temor de que o conflito escale e envolva países aliados, como Arábia Saudita, além de impactar rotas comerciais estratégicas no Golfo e no estreito de Ormuz.
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