A indústria do Amazonas registrou crescimento no número de unidades locais e de pessoas empregadas em 2023, segundo dados da Pesquisa Industrial Anual (PIA) – Empresas, divulgada nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano passado, o estado somou 1.239 unidades locais de empresas industriais com cinco ou mais empregados — um aumento de 135 em relação a 2022. Destas, 590 unidades possuíam 30 ou mais empregados, 19 a mais do que no ano anterior.

Em relação ao pessoal ocupado, as empresas com cinco ou mais trabalhadores criaram 5.189 novos postos, totalizando 114.364 ocupações. Já as empresas com 30 ou mais trabalhadores geraram 4.428 novas vagas em 2023.

Apesar da recuperação recente, o Amazonas ainda não voltou aos níveis de emprego registrados em 2014. No comparativo com o auge daquele ano, o estado acumula queda de 15.004 vagas nas unidades com cinco ou mais trabalhadores e de 14.128 nas que têm 30 ou mais.

No cenário nacional, o Amazonas ficou em 14º lugar entre as unidades federativas em número de empresas industriais com 30 ou mais pessoas ocupadas. Já entre as que têm cinco ou mais trabalhadores, o estado aparece na 21ª posição.

Os estados com maior número de unidades industriais em 2023 foram São Paulo (61.380), Minas Gerais (25.904) e Santa Catarina (21.133). Na outra ponta, os menores números foram registrados em Roraima (146), Amapá (216) e Acre (259).

A receita líquida de vendas da indústria amazonense chegou a R$ 175,05 bilhões no ano passado, garantindo ao estado a 9ª posição no ranking nacional. No Valor de Transformação Industrial (VTI), que mede o valor agregado ao processo produtivo, o Amazonas segue na liderança da Região Norte, com R$ 71,3 bilhões — embora com queda percentual em relação à participação nacional.

O principal motor da economia industrial do estado continua sendo a indústria de transformação, especialmente nos segmentos de fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, que concentram a maior parte do pessoal ocupado, da massa salarial e da geração de receitas.

Unidade local é o espaço físico no qual são desenvolvidas as atividades econômicas de uma empresa. Uma empresa que atua em apenas um endereço é considerada como unidade local única, enquanto a que atua em mais de um é chamada multilocal. Uma empresa industrial diversificada consegue desenvolver variadas atividades produtivas em suas unidades locais.

Pessoal ocupado

Em termos de pessoal ocupado, em 2023, as unidades locais de empresas industriais amazonenses (114.364 unidades locais), com 05 pessoas ou mais ocupadas tiveram aumento, em relação ao ano anterior (109.175 unidades locais), de 5.189 novos postos de trabalho. Porém, na comparação com o ápice da série histórica, em 2014, quando tinha 129.368 pessoas ocupadas, teve queda de 15.004 postos de trabalho. Por sua vez, as unidades locais, com 30 ou mais pessoas ocupadas, também apresentaram aumento do número de pessoas ocupadas, entre 2022 e 2023. Foram criados mais 4.428 postos de trabalho. Na comparação de 2023 com 2014, porém, houve redução de 14.128 vagas.

Entre as Unidades da Federação com maior número de pessoal ocupado, em 2023, o Amazonas (107.542 pessoas ocupadas) ficou na décima terceira posição. Os estados com maior quantidade de pessoas ocupadas, no mesmo ano, foram São Paulo (2,08 milhões), Minas Gerais (708.248) e Santa Catarina (561.617). Já os menores quantitativos de postos de trabalho, conforme a pesquisa, foram de Roraima (2.210), Amapá (2.903) e Acre (4.100).

Em se tratando dos segmentos da indústria do Amazonas, o que concentrou maior quantidade de pessoal ocupado, em 2023, foi a “indústria da transformação” com 98,2% dos postos de trabalho (114.364), seguida da indústria extrativa com 1,8% (2.031). Na indústria de transformação, a atividade com maior quantidade de pessoal ocupado foi “fabricação de equipamento de informática, produtos eletrônicos e ópticos” (24,6%) seguida pela “fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores” ,com 18,4% do pessoal ocupado. Já as atividades com menor quantitativo de pessoal ocupado, no ano da pesquisa, foram atividades de “apoio à extração de minerais” (0,09%); “preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (0,11%); e a extração de minerais não-metálicos (0,20%). 

Salários, retiradas e outras remunerações

Os maiores percentuais de salários, retiradas e outras remunerações, em 2023, foram das “indústrias de transformação” com 94,6% (5,8 bilhões), contra 5,4% das indústrias extrativas (335 milhões). Entre as atividades da indústria de transformação, a “fabricação de equipamentos e informática, produtos eletrônicos e ópticos” teve 24,1% de participação; e da “fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores” ficou 22,3%. Os menores registros de salários, retiradas e outras informações aparecem nas indústrias de “preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (0,05%), na “extração de minerais não-metálicos” (0,18%) e “nas atividades de apoio a extração de minerais” (0,18%). 

Receita líquida de vendas

Quando se trata de receita líquida de vendas de atividades industriais, nas unidades locais, com cinco ou mais pessoas ocupadas, o Amazonas, com R$ 175,05 bilhões, ocupou a nona posição entre as Unidades da Federação, em 2023. Os melhores resultados foram de São Paulo (R$ 2 trilhões), Minas Gerais (R$ 709,9 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 528 bilhões). Os menores desempenhos das unidades locais das empresas industriais foram de Roraima (R$ 681 milhões), Amapá (R$ 1,5 bilhão) e Acre (R$ 2,6 bilhões).

Em se tratando dos segmentos de maior destaque, as indústrias de transformação (R$ 168,7 bilhões) tiveram resultado melhor que as indústrias extrativas (R$ 6,3 bilhões. Entre as atividades das unidades locais de empresas industriais, o melhor desempenho ficou com “fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos” (R$ 60,6 bilhões); “fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (R$ 28,5 bilhões); “fabricação de bebidas” (R$ 11,4 bilhões) e “fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis” (R$ 10,8 bilhões).

Segmentos – Unidades, Pessoal, Salários e Receita

A maioria das unidades locais, totalizando 1.223, pertencia as “indústrias de transformação”, o que representa a maior parte das 1. 239 unidades totais. Em contraste, as “indústrias extrativas” que contribuíram com apenas 16 unidades locais, indicando uma concentração de atividades industriais no setor de transformação.

O setor de “indústrias de transformação” empregou a vasta maioria do pessoal ocupado, com 112.333 pessoas, em comparação com as 2.031 pessoas empregadas nas “indústrias extrativas”. Isso demonstra que o setor de transformação é o principal gerador de empregos na indústria, contribuindo significativamente para o total de 114.364 pessoas ocupadas.

As “indústrias de transformação” , segundo a pesquisa, foram responsáveis pela maior parte dos salários, retiradas e outras remunerações, totalizando 5,8 bilhões de reais. Em contraste, as “indústrias extrativas” que contribuíram com 335 milhões de reais. Isso sugere que o setor de transformação não só emprega mais pessoas, mas também gera uma remuneração significativamente maior, refletindo sua importância econômica.

O setor de “indústrias de transformação” dominou o total de receitas líquidas de vendas, com 168,7 bilhões de reais, enquanto as “indústrias extrativas” geraram 6,3 bilhões reais. Essa disparidade evidencia a grande contribuição do setor de transformação para a receita total de vendas, que é de R$ 175 bilhões , reforçando seu papel central na economia industrial.

Principais atividades em Unidades, Pessoal, Salários e Receita

Para o número de unidades locais ,com 5 ou mais pessoas, as quatro principais atividades em termos de número de unidades locais foram fabricação de produtos alimentícios ,com 242 unidades; fabricação de produtos de borracha e de material plástico (133); fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (95); e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (97).

Em relação ao pessoal ocupado, as quatro principais atividades foram fabricação de produtos de borracha e de material plástico (11.375); fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (27.604); fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7.336); e fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (20.727)

Quanto aos salários, retiradas e outras remunerações, as quatro principais atividades identificadas foram: fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (1,37 bilhão de reais); fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (1,49 bilhão de reais); fabricação de produtos de borracha e de material plástico (525 milhões de reais); e fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (323 milhões de reais).

No que se refere ao total de receitas líquidas de vendas, as quatro principais atividades foram: fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (60,5 bilhões de reais); fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (28,5 bilhões de reais); fabricação de bebidas com 11,3 bilhões de reais, e fabricação de produtos de borracha e de material plástico com 10,8 bilhões reais.

*Com informações da assessoria

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