Elielton Viana Barros foi condenado na quinta-feira (3), a 63 anos de prisão por envolvimento com o chamado tribunal do crime. A decisão é resultado de uma denúncia feita pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), que apontou a participação de Elielton na morte de três jovens em Manaus, em 2018.

Segundo o MP, Elielton tem ligação com a facção Comando Vermelho (CV) e atuou como executor em um dos crimes mais cruéis registrados na capital.

Crime organizado

O promotor de Justiça Ney Costa Alcântara de Oliveira Filho, que representou o MP no Tribunal do Júri, celebrou a condenação como um avanço no combate ao crime organizado.

“A sentença demonstra que os chamados ‘tribunais do crime’ não passam de uma farsa criminosa que será combatida com todo o rigor da lei. Não há jurisdição paralela no Brasil; apenas o Poder Judiciário tem competência para julgar. O Ministério Público seguirá implacável no combate às organizações criminosas que aterrorizam nossas comunidades”, comentou o promotor.

Relembre o caso

A investigação conduzida pela Polícia Civil revelou que o crime ocorreu no dia 29 de novembro de 2018, em uma área de mata no conjunto Tiradentes, bairro Coroado, na Zona Leste de Manaus.

Na ocasião, Elielton e outros oito envolvidos sequestraram, torturaram e executaram três jovens com disparos de arma de fogo. A motivação estaria relacionada a julgamentos paralelos promovidos por facções criminosas.

(*) Com informações da assessoria

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