O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), voltou a criticar o governo federal após comentar a megaoperação policial realizada nos complexos da Penha e Alemão, considerada a mais letal da história do estado. Segundo ele, “ou soma no combate à criminalidade ou suma”, em referência ao que classificou como falta de apoio da União.
Megaoperação e números atualizados
Durante coletiva, Castro afirmou que a ação foi um “sucesso” e reforçou que as únicas vítimas seriam os quatro policiais mortos.
O balanço oficial aponta:
- 117 suspeitos mortos
- 4 policiais mortos
- 113 presos, sendo 33 de outros estados
Moradores relatam mais corpos encontrados na região. A Polícia Civil informou que perícias vão determinar se essas mortes têm relação direta com a operação.
Governador cobra apoio do governo federal
Castro afirmou que espera maior integração e recursos da União para fortalecer a segurança. Segundo ele, pedidos de empréstimo de blindados foram negados por falta de decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
“Não vamos transformar segurança em guerra política. Ou soma no combate à criminalidade ou suma.”
Ele reafirmou que o Rio continuará agindo:
“A segurança pública é o maior problema do Brasil. Vamos fazer nossa parte.”
Troca de acusações
A declaração reaqueceu a disputa entre governo estadual e federal.
O Ministério da Defesa afirmou que os pedidos do Rio só poderiam ser atendidos dentro de um decreto de GLO — algo que não foi solicitado ao Ministério da Justiça. O ministro Ricardo Lewandowski reiterou que não recebeu pedido de GLO.
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