A minimização da dor faz com que a endometriose no Brasil, que atinge cerca de 190 milhões de mulheres no mundo e mais de sete milhões no país, volte aos holofotes. Muitas mulheres enfrentam de sete a dez anos até receber um diagnóstico correto, incluindo celebridades como Anitta, Larissa Manoela, Tatá Werneck e Patrícia Poetta.
Sintomas da endometriose no Brasil que confundem o diagnóstico
A ginecologista e obstetra Aline Frota explica que o distúrbio – presença de tecido endometrial fora da cavidade uterina – pode se manifestar de formas diferentes, confundindo até médicos experientes.
“Dores nas costas, cansaço extremo, dor durante a relação, alterações intestinais ou urinárias no período menstrual e até dificuldade para engravidar podem estar ligados à doença. O Ministério da Saúde estima que uma a cada dez mulheres sofra com os sintomas da endometriose, muitas vezes sem ter conhecimento da condição ou sem buscar ajuda médica. Os sinais costumam ser confundidos com outras questões ginecológicas e, por serem ‘disfarçados’, muitas mulheres passam anos sem saber o que têm, o que acaba atrasando o tratamento e afetando o bem-estar.”
A especialista reforça que a menstruação não deve causar sofrimento.
“Quando há dores fortes, cólicas intensas ou desconfortos constantes, o corpo mostra que algo não vai bem. Cuidar da saúde hormonal e procurar um profissional atualizado é essencial para ter um ciclo saudável, leve e sem dor.”
Complicações da endometriose no Brasil
Quando os médicos não tratam a endometriose no Brasil a tempo, a doença pode causar infertilidade e danos a outros órgãos, alerta Aline Frota (@dra.aline_frota).

“Percebo que ainda se normaliza muito a dor e muitas mulheres acham que está tudo bem. A demora na procura médica é um dos fatores para o diagnóstico tardio e, por vezes, alguns profissionais não pedem o exame correto. Atendo muitas mulheres desacreditadas de que irão melhorar da cólica, porque já passaram por médicos que não investigaram de forma precisa ou que não instituíram o devido tratamento. E a consequência disso é que a doença pode agravar a ponto de perfurar órgãos adjacentes, como intestino e bexiga, deixando a mulher incapacitante de tanta dor e com infertilidade.”
O tratamento da endometriose no Brasil é multidisciplinar e inclui medicamentos, suplementos, alimentação anti-inflamatória, exercícios físicos, fisioterapia pélvica e psicoterapia. Nos casos avançados, a cirurgia se torna necessária.
Diagnóstico precoce da endometriose no Brasil preserva qualidade de vida
Aline enfatiza que quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances de controlar os sintomas e proteger a qualidade de vida.
“Cuidar da saúde é um gesto de amor e prevenção e a escolha de um bom ginecologista é fundamental. A endometriose não é só uma dor: ela mexe com o emocional, psicológico e físico da mulher. Procurar um profissional atualizado, que entenda a condição e ofereça tratamento individualizado, faz toda a diferença. A endometriose não tem cura, mas apresenta tratamentos efetivos. Seguir orientações médicas adequadas melhora significativamente a vida da paciente.”
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