A queda de 49% nas importações após um ano de vigência da chamada “taxa das blusinhas” — imposto federal de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 — fortaleceu a articulação política para revogar a taxação. Parlamentares já apresentaram projetos de lei que eliminam o imposto, enquanto o governo avalia como reagir.
Governo tenta assumir protagonismo da revogação
A possibilidade de Lula capitalizar a eventual revogação ganhou força dentro da Secretaria de Comunicação (Secom). A estratégia busca criar um “fato novo” que impulsione a popularidade do presidente na virada para 2026, ano em que ele pretende disputar a reeleição.
Segundo integrantes do governo, a lógica é direta: se a revogação render dividendos políticos, Lula quer ser o responsável pela decisão — e não o Congresso.
Silêncio oficial, mas pressão crescente
Apesar de manter silêncio público, o Planalto monitora o avanço do tema no Congresso. Se houver movimentação significativa dos parlamentares, auxiliares admitem que o governo deve se antecipar e anunciar a revogação para evitar que o Parlamento capitalizem a pauta.
Mesmo em caso de revogação da taxa federal, o consumidor continuará pagando 17% ou 20% de ICMS, já que o tributo estadual integra o programa Remessa Conforme e não depende de decisão do governo federal.
Além disso, segue valendo a cobrança automática de 60% de impostos federais para compras acima de US$ 50.
Com informações da Veja*
