A jornalista amazonense Edila Chaves foi agredida, nesta terça-feira (23), enquanto realizava a cobertura de uma operação policial que resultou na prisão de um grupo suspeito de praticar furtos em lojas do Centro e da zona Leste de Manaus.
Edila acompanhava e registrava a ação deflagrada pela Polícia Civil quando uma das mulheres presas, ao perceber que estava sendo filmada, partiu para cima da repórter, tentando impedir o trabalho jornalístico. Mesmo após a contenção, a suspeita ainda fez gestos obscenos em direção à jornalista.
A agressão contra profissionais da imprensa no exercício da profissão é considerada grave, por representar não apenas um ataque individual, mas também uma tentativa de cercear o direito à informação e à liberdade de imprensa.
O caso
O grupo investigado é suspeito de praticar furtos a estabelecimentos. A quadrilha seria formada por cinco mulheres e um homem e foi flagrada por câmeras de segurança durante uma ação organizada dentro de uma loja da região central da capital.
As imagens mostram os suspeitos entrando no estabelecimento portando sacolas plásticas, usadas para simular compras. De forma coordenada, eles colocavam bolsas e outros produtos dentro das sacolas, como se já estivessem pagos, enganando funcionários e evitando levantar suspeitas.
Após encherem os sacos, os integrantes deixavam o local sem passar pelo caixa, saindo calmamente. Informações preliminares indicam que o grupo é reincidente e já teria aplicado o mesmo método em outros furtos registrados no Centro da cidade. As imagens captaram com nitidez os rostos dos envolvidos, o que facilitou a identificação.
Operação policial
Com base nas imagens e nas investigações, uma operação da Polícia Civil foi deflagrada na manhã desta terça-feira (23) por equipes do 9º Distrito Integrado de Polícia (DIP). A ação resultou na apreensão de uma grande quantidade de mercadorias e na detenção de pelo menos três pessoas, entre elas um menor de idade.
Durante a operação, os policiais encontraram roupas, bolsas, perfumes e outros produtos, que, segundo a investigação, foram furtados de grandes redes varejistas. Parte do material estava em viaturas e em bancas da região central.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo agia de forma rápida e organizada. Além dos autores dos furtos, a polícia também apura a possível participação de comerciantes que teriam adquirido os produtos de forma irregular, podendo responder pelo crime de receptação.
A a identificação do grupo ocorreu em menos de 48 horas, com apoio do sistema de monitoramento da área central. As diligências seguem em andamento para localizar outros envolvidos.
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