MANUAS (AM) – Pais, mães e responsáveis por crianças com Transtorno do Espectro Autista em Manaus realizaram uma manifestação na frente do 22° Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro- Sul de Manaus, na manhã desta sexta-feira (8).
O pedido era de Justiça. Segundo os familiares, as crianças foram agredidas pela terapeuta ocupacional Samia Watanabe, 44 anos.
O ato foi marcado por discussões e muita revolta, considerando o fato de Samia está em liberdade. De acordo com os familiares das vítimas, há vídeos que mostram as crianças sendo agredidas pela profissional.
A mãe de uma delas, Gabriela Oliveira, disse que os pais tomaram todas as medidas cabíveis para que a justiça seja feita.
“Vamos ao Ministério Público se for preciso. Ela atendeu a minha filha por um ano. Ela comia o lanche da minha filha, agredia a minha filha e ninguém viu isso? Eu quero ver essa mulher presa! Eu não vou ficar calada até ver essa mulher presa”, disse indignada.
Paulo Nobre também é pai de uma criança que fazia tratamento na clínica Speciale Multidisciplinar e demonstrou a mesma indignação.“
É triste porque a gente dá duro para colocar nosso filho em uma clínica especializada. Ele foi atendido por ela há dois anos. A gente sempre perguntava o motivo do nosso filho não evoluir. Ele começou a desenvolver algumas estereotipias e movimentos repetitivos que não apresentava antes. Por meio das imagens que tivemos acesso muita coisa está explicada. Eu peço justiça, a mais severa possível. Ela pega meu filho pelo pescoço, empurra e torce o braço da criança“
Paulo Nobre, pai
Outros pais responsabilizam, também, a clínica pelo ocorrido, devido à demora na identificação do comportamento da profissional.
“Colocamos a criança na clínica para a segurança dela e isso era para ser acompanhado. Isso é agressão física. Ninguém vai recuperar o que nossos filhos passaram”, comentou outra mãe que estava na manifestação.
Posição da Clínica
Representando a Speciale Multidisciplinar, a advogada Simone Guerra, explicou que a clínica está prestando assistência jurídica às famílias e que tem interesse na punição de Samia Watanabe.
“Em junho deste ano, a proprietária da clínica começou a perceber um comportamento estranho da terapeuta com os funcionários e perguntou se ela estava com problemas e foi afastada. O lugar era alocado para Samia para realização das consultas. Uma mãe pediu para que pudéssemos fazer uma apuração. A clínica coletou as imagens da câmera de segurança e, quando tivemos acesso, viemos para a polícia e estamos acompanhando caso a caso”, explicou.
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