Manaus (AM) – Comemorado nesta quarta-feira (27), o Dia do Motociclista traz à tona o aumento de pessoas habilitadas com a CNH (Carteira Nacional Habilitação), na categoria A: até o final do ano passado, 35,2 milhões de pessoas estavam aptas a conduzir veículos motorizados de duas ou três rodas; em 2012, havia 23,3 milhões motociclistas no Brasil. Porém, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a região Norte tem o menor número de habilitados: 7,7% do total do país.
A região Sudeste é a que concentra o maior número de habilitados, com 42,1%, com a região Sul em segundo lugar (20,2%), seguida pelo Nordeste (18,9%) e Centro Oeste (11,1%).
O crescimento de 50,9% em uma década representa a adesão ao deslocamento em duas rodas, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
Seja por paixão, hobby, trabalho ou até mesmo para buscar uma alternativa mais econômica de deslocamento, as pessoas optam pela motocicleta devido às suas características: é um veículo ágil, econômico, com preço mais acessível e baixo custo de manutenção.
O manauara de coração Cássio Augusto Stremel, de 38 anos de idade, tirou a permissão para pilotar motocicletas no ano passado e agora anda com uma scooter pela capital amazonense.
“O carro fica a maior parte do tempo na garagem, só tiro para levar ou buscar meus filhos na escola”, conta. “Mais do que economizar dinheiro, ganhei tempo de vida e isso não tem preço”,
comemora o empresário nascido em Curitiba (PR).
O uso, no entanto, não fica restrito à cidade. Nos finais de semana, Stremel se aventura pela estrada em direção a pontos turísticos como Presidente Figueiredo, Manacapuru e Novo Airão.
Mulheres sobre duas rodas
De acordo com dados da Abraciclo, o número de mulheres que assumiram o guidão cresceu 83,7% nos últimos dez anos, passando de 4.512.753 em 2012 para 8.287.808 no ano passado. Esse índice é bem superior ao registrado pelos homens, que foi de 43%: de 18.809.391 habilitados em 2012 para 26.911.145 em 2021.
Moradora de Campo Grande (MS), a supervisora da rede municipal de ensino, Suely Furlan, conta que, apesar de ser apaixonada por motocicletas desde criança, só tirou a carteira de habilitação há um ano e meio.
O “gatilho” para sair da garupa e assumir o guidão, veio após um pedido feito para um colega. “Perguntei quando ele iria me levar para andar de moto e recebi como resposta: o dia que eu quiser. Parei e pensei comigo mesma. Eu ando no dia que eu quiser”, relembra.
Novo perfil do motociclista
O Brasil possui uma frota oficial de mais de 30 milhões de unidades e a proporção é de uma motocicleta para cada sete habitantes. Em 2012, esse índice era de uma motocicleta a cada dez pessoas. Entre os habilitados, os homens ainda são maioria e representam 76,5% dos motociclistas; enquanto elas, 23,5%.
A maioria das pessoas que compra uma motocicleta é por conta da locomoção. De acordo com informações das fabricantes de motocicletas associadas à Abraciclo, esse é principal motivo (78%). Em segundo lugar, vem o lazer (45%), seguido pelo trabalho (9%). A categoria preferida pelo sexo masculino é a Scooter (60%). Já o público feminino dá preferência pela Motoneta (69%).
A maior faixa etária, tanto para homens como para mulheres, está entre 18 e 40 anos. Eles são 54,4% e elas, 69%. Uma análise mais detalhada sobre o perfil das pessoas habilitadas no ano passado revela que 54% estavam na faixa etária entre 31 e 50 anos.
*Com informações da assessoria
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